Ticker

6/recent/ticker-posts

Atleta do bodyboard enfrenta seu maior desafio nas ondas de Itacoatiara, RJ. Assista!

Luan Azeredo saiu da praia do Farol de São Thomé para treinar nas altas ondas de Itacoatiara em busca de sua profissionalização

Luan Azeredo

Atleta do bodyboard, Luan Azeredo, participou de um treino em Itacoatiara, na segunda-feira 09,  para aprimorar cada vez mais sua performance sobre as ondas, acompanhado do seu professor, Bruno invyk.

Luan, que tem apenas 17 anos e é morador da praia do Farol de São Thomé, já participou de várias etapas do Circuito Brasileiro, ao qual também já subiu no pódio, e nas categorias Amador e Sub-18. Além do Brasil, já se aventurou em ondas pelo Chile com a finalidade de competir em duas etapas do Circuito Mundial, na categoria Pro Junior. 

Em Itacoatiara, Niterói, Luan nos conta que foi com o intuito de treinar para que no próximo ano seja possível se tornar profissional. O local que é conhecido por altas ondas, que beiram aos 3 metros de altura, não deixou a desejar na segunda-feira, dia que Luan enfrentou o maior desafio de sua vida no bodyboarding. (Veja o vídeo no final da matéria!)

Na cidade acontecia o campeonato brasileiro, e após o evento, Luan, junto com seu professor Bruno Invyk, entraram na água para o treino pelo costão, adentrando e perseguindo as maiores e melhores ondas do local. Luan conta que foi de encontro a uma série de altas ondas, que acabou o varrendo e estourando seu strep (leash). Por sorte, sua prancha estava ao seu lado possibilitando que ele a pegasse de volta e furasse a segunda onda que lhe mostrou mais uma série com cinco ondas gigantes. ''Antes disso tudo, eu tinha olhado para o meu strep e vi que ele estava estourado, eu amarrei e pedi a Deus que não arrebentasse de novo. Consegui passar a primeira onda, mas, quando levantei, já tinha outra vindo direto em mim. Ela bateu de vez, eu rodei embaixo d’água, fiquei girando por uns 10 segundos, quando consegui levantar pra pegar ar, veio outra e bateu no meu rosto. Levantei e consegui furar mais uma. Quando subi de novo, já tinha outra vindo, e assim foi. Depois que passou essa sessão de cinco ondas, achei que tinha acabado. Mas, quando olhei pra frente, já tinha mais cinco ondas vindo. Ou seja, tomei dez ondas na cabeça. Eu já estava sem fôlego nenhum, nas últimas duas ondas, eu já tinha desistido. Achei que ia morrer, pedi pra Deus me levar pra um lugar bom, porque achei que não ia sair vivo. Só disse pra mim mesmo: vou tentar furar, se eu aparecer na beira, tá bom, mas, se não aparecer, eu não tenho mais força pra lutar.” contou Luan que completou, ''e foi assim que aconteceu, furei a penúltima onda e já apareci mais perto da beira. Vi que dava pra sair, vi que tinha uma chance, me joguei na onda de trás pra ela me empurrar até a areia. Quando consegui sair, eu já não tinha mais forças para nada, só me joguei na areia e fiquei ali, acho que passei uns 10 minutos passando mal'

Após o ocorrido, Luan Azeredo teve uma crise de pânico e foi ajudado pelos amigos. Luan conta que não conseguia se mexer, mas só chorava e tremia. A situação durou por cerca de quarenta minutos até voltar a ficar estável. 

''Eu já estou bem e treinando novamente. O que almejo para o futuro é me tornar profissional, ser campeão brasileiro e mundial, ser reconhecido em todo o mundo, ser uma boa pessoa e um atleta cada vez melhor. Postei esse vídeo com o intuito de que as pessoas aproveitem o melhor dele, riam também e, acima de tudo, aprendam que o mar é perigoso – mesmo para quem treina, para quem está na água diariamente ou para quem conhece bem o mar. Já tinha passado por algumas situações difíceis, mas nada se compara a essas'', frisou o atleta.

Itacoatiara

A grande diferença da praia de Itacoatiara para qualquer outra praia do Brasil é que a onda lá é considerada, por alguns, uma das mais fortes do mundo. Quando sai uma previsão, geralmente vem com o dobro da força, relatam alguns atletas. 

Atletas do bodyboard e do surf relatam que as ondas são extremamente fortes; a força da natureza é intensa — você sente a presença dela o tempo todo, pois, o local possui fortes correntezas, o que faz com que se torne quase que impossível ir contra a maré. 

''Ela não te deixa sair, ela te prende, essa é a grande diferença da praia de Itacoatiara. A grossura da onda, o peso da água — tudo é diferente. É uma experiência surreal'', relembrou Luan.

Experiência que se junta a outras e faz crescer o talento para o esporte radical.

Assista!

Postar um comentário

0 Comentários