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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Empregos aportam no litoral

Foto Reprodução / JTV
Obras de portos em São João da Barra e na divisa com o Espírito Santo devem gerar 7.700 vagas na construção civil


O setor da construção civil, que sofreu muitas baixas no último ano devido a crise no setor imobiliário, está prestes a viver um bom momento. A boa notícia vem do setor portuário: nos próximos meses, dois grandes projetos deverão gerar 7.700 empregos diretos na região.

Localizado no litoral de São João da Barra, o Porto do Açu planeja iniciar em maio as obras de ampliação e aprofundamento do canal de acesso do Terminal 1. Além da ampliação da profundidade de 21 para 25 metros, estão previstos o aumento da largura, de 230 para 280 metros, e o acréscimo de 6,1 quilômetros ao canal de acesso, que passará dos atuais 13,2 para 19,3 quilômetros. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário (Sticoncimo), José Carlos Eulálio, deverão ser abertas 3 mil vagas no setor.

Com as obras, previstas para durar 14 meses, a um custo de R$ 700 milhões, o Porto do Açu poderá receber os maiores navios para transporte de petróleo, da classe VLCC (Very Large Crude Carrier), que carregam até 320 mil toneladas. A atual estrutura do complexo portuário permite receber navios de até 220 mil toneladas. A nova capacidade operacional do T1 também poderá representar um acréscimo de 10% na receita que São João da Barra recebe de Imposto Sobre Serviços (ISS).

Outro grande empreendimento no setor está surgindo na divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo: o Porto Central. Situado no município de Presidente Kennedy (ES), o complexo industrial acaba de receber autorização do governo federal para o início das obras. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Fernando Filho, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, assinaram em Brasília um documento chamado de Contrato de Adesão, que dá o aval para a construção. A previsão é que as obras comecem no início de 2018.

O último passo para o projeto do porto capixaba deslanchar é a aprovação da Licença de Instalação, emitida pelo Ibama, que, segundo o subsecretário de Logística, Transporte e Comércio Exterior do Espírito Santo, Neucimar Fraga, deve ser liberada até o final de abril. O projeto, da ordem de R$ 5 bilhões, terá como investidores o Porto de Roterdã e a TPK Logística. Na fase de obras, deverá gerar 4.700 empregos diretos.

Embora seja um projeto capixaba, o Norte Fluminense tem muito a ganhar. Além dos 2.000 hectares de terra reservados em Presidente Kennedy, estima-se que empresas do complexo também se instalem em São Francisco de Itabapoana, no estado do Rio, que deverá receber um estaleiro. Pela grande necessidade de mão de obra durante a fase de construção, Campos também tem muito a lucrar, por ter localização privilegiada, ser o maior centro regional e concentrar a maior quantidade de empresas e instituições de ensino profissionalizante.

De olho nas oportunidades, o Sticoncimo vem realizando reuniões com representantes da Prefeitura de São Francisco de Itapoana. O sindicato, que tem um escritório no município, firmou parceria com uma escola técnica, que oferecerá cursos profissionalizantes para os trabalhadores com valores subsidiados. O objetivo é qualificar mão de obra para que as oportunidades sejam aproveitadas pelos trabalhadores da região.



JTV

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