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domingo, 7 de setembro de 2014

Ressaca e ventos fortes no litoral

Foto: Rodrigo Silveira

Com os barcos ancorados e os olhos no mar. É assim que os pescadores do litoral Norte Fluminense passam as horas até que o risco de ressaca cesse e o mar se acalme.

De acordo com o presidente da Colônia de Pesca de Farol de São Thomé, Rodolfo José Ribeiro, os poucos pescadores que saíram para pescar não foram longe, para que desse tempo de voltar diante de qualquer alerta.

Na madrugada de sexta-feira (5), as ondas chegaram a 2,8 metros, com mesma previsão para este fim de semana. As secretarias de Defesa Civil de Campos, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e região dos Lagos estão sob alerta, mas, até ontem, nenhuma ocorrência tinha sido registrada. A previsão da Capitania dos Portos é de que a ressaca continue forte até este domingo, dia 07, e a orientação é para que os pescadores e banhistas não entrem no mar até que os ventos e as ondas voltem ao normal. Com os fortes ventos e o mar agitado, a estação de captação de São João da Barra — Cedae — está sendo obrigada a interromper com mais freqüência o abastecimento na cidade. A situação é resultado da escassez de água que tem acometido o rio Paraíba do Sul, com a cota mais baixa de toda a sua história.

O secretário municipal de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira, explicou que, apesar do alerta de ressaca, a preocupação é com as fortes rajadas de ventos. “Quanto mais forte o vento na superfície da água, mais forte será a ressaca. Geralmente, ela dura de 24 a 48 horas e está associada ao vento”, afirmou.

Em Barra do Furado, as fortes ondas fecharam o canal, impedindo os pescadores de tirar seus barcos para a pesca, o que tem deixado a categoria preocupada. A ressaca também atinge o litoral de São Francisco de Itabapoana, onde o mar continua agitado e inapropriado para o banho. As embarcações de pequeno e médio portes também devem evitar navegações nestas áreas.

Em Macaé, a Coordenadoria da Defesa Civil também está de prontidão por causa dos fortes ventos. No município, a previsão é de rajadas de até 60 km/h. Em caso de emergência, a população pode contatar a Defesa Civil do seu município pelo telefone 199, que é o número de plantão para qualquer eventualidade. Em Rio das Ostras, o órgão municipal também está em alerta.

Em SJB, abastecimento ficou prejudicado

O rio Paraíba do Sul vive atualmente a cota mais baixa de toda a sua história. E essa escassez, está obrigando a estação de captação de São João da Barra — Cedae — a interromper rotineiramente o abastecimento na cidade. A ressaca provocou um avanço do mar em um volume acima do normal também sobre a foz do rio. Fato interfere na qualidade da água devido aos altos níveis de salinização.

Mas, segundo o gerente da Cedae da estação litorânea Norte, em São João da Barra, Ranieri Felisberto, a população não está sentindo os efeitos que a salinização da água provoca na qualidade e abastecimento. Mesmo com o volume da água do mar entrando em maior quantidade, a cada 24 horas, estão sendo realizadas, no mínimo, 10 horas de interrupção — o normal são duas horas, somente. “A população não está sentindo a escassez. Ainda estamos conseguindo manter o abastecimento dentro da normalidade, mesmo com tantas interrupções. A nossa preocupação é com a qualidade e abastecimento da água”, concluiu.














Folha da Manhã

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