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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Falta de vagas em cemitério de Santo Amaro preocupa

Conhecido pela tradicional festa em homenagem ao santo padroeiro, comemorado em 15 de janeiro e que atrai romeiros de várias cidades, o distrito de Santo Amaro, na RJ 216 (Campos/Farol de São Thomé), é um bom lugar para se viver, segundo a população.
 
A tranquilidade é sua maior característica. No entanto, em meio à calmaria, existem problemas que, na opinião dos moradores, são antigos. Entre eles estão a falta de vagas no cemitério municipal, o estado de abandono da sede de uma estação ferroviária, que foi desativada, e lixo e entulhos espalhados pelas ruas.

Eles disseram que a estação ferroviária foi desativada há mais de 30 anos e a falta de cuidados deixa o local com uma imagem negativa. Segundo o comerciante, Bonifácio Branco Pereira, 62 anos, o ideal seria reformar o prédio e transformá-lo num centro comunitário, que atenda crianças, jovens, adultos e idosos.

— Não queremos um espaço para atender apenas aos idosos, mas a todos os moradores. O centro comunitário seria um local para a realização de bailes e festas, além de recreação, aulas de música e atividades esportivas — disse o comerciante.

Outro problema citado por Bonifácio foi a falta de vagas no cemitério. Segundo ele, os moradores já teriam procurado a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) para reclamar do problema, mas ainda não teria havido resposta. “Isso é um absurdo. Se morrer alguém daqui tem que enterrar em localidades ou distritos próximos. Estamos preocupados com essa situação. O ideal seria que a Prefeitura adquirisse um terreno perto do cemitério para sua ampliação”, disse.

Respostas — Em relação à estrutura da antiga estação ferroviária, ela está localizada numa área particular, mas o secretário de Cultura, Orávio de Campos, informou que a Procuradoria Geral do Município está fazendo uma análise sobre a viabilidade de desapropriação para que o espaço se transforme em um Centro Cultural.

Sobre a falta de vagas no cemitério, o presidente da Codemca, Jivago Faria, informou que já existe um planejamento para ampliação do cemitério em uma área atrás do mesmo.

Lixo e entulhos nas ruas geram queixas

Penúltima parada antes da  praia do Farol, Santo Amaro, terceiro distrito de Campos, chama atenção pela sua bela praça, com árvores cuidadosamente cortadas de forma simétrica.  Pequeno e aconchegante, o lugar recebe turistas durante todo o ano, mas é no dia 15 de janeiro, dia do padroeiro Santo Amaro, que há uma maior movimentação de visitantes.

Quanto aos serviços de educação e saúde, os morado-res disseram não ter do que reclamar. O problema, segundo eles, são os lixos e entulhos espalhados pelas ruas. A auxiliar de serviços gerais, Eliane de Fátima Nogueira, 58 anos, disse que o serviço de limpeza não estaria acontecendo com regularidade e, por isso, o lixo fica acumulado nas ruas. “A limpeza é feita de vez em quando. A população também deveria ter consciência e não jogar lixo e entulhos na rua. Isso precisa ser fiscalizado”, disse Eliane.

O secretário municipal de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, informou que o distrito é atendido com coleta de lixo três vezes por semana (às segundas, quartas e sextas-feiras) e que, em Santo Amaro, a cada intervalo de dois meses, é feito um mutirão de limpeza nas vias públicas. 

Ele pede a colaboração de toda comunidade para que não depositem lixo e nem entulho nas vias públicas.

Igreja se torna palco da tradicional festa

Construída em 1735, a igreja de Santo Amaro passou por algumas reformas ao longo dos anos, mas o que não mudou foi a fé dos devotos do padroeiro da Baixada Campista. Segundo a lenda, a imagem de Santo Amaro ficava no Mosteiro de São Bento, mas vivia desaparecendo e reaparecendo em um monte, onde acabou sendo construída a capela que, em 2011, completou 251 anos. 

A construção antiga chama a atenção pela simplicidade e beleza dos seus traços, que abriga em seu interior a famosa sala dos milagres, onde são depositados objetos de cera e fotografias em agradecimento a graça alcançada, que também servem como testemunho de fé.

O ponto alto dos festejos em homenagem a Santo Amaro é a cavalhada entre Mouros e Cristãos, que teria sido apresentada em Campos, pela primeira vez, em 7 de outubro de 1730, por causa da visita do procurador do Império, D. Manoel da Costa Mimoso. Ela passou a fazer parte do calendário municipal em 15 de janeiro de 1736, na inauguração da primeira capela dedicada ao padroeiro.





Folha da Manhã