Desde 1998 foram registrados mais de 1.600 acidentes na Bacia de Campos
Petroleiros da Bacia de Campos fizeram nesta quinta-feira (15/03), uma manifestação para lembrar os 11 anos do acidente da plataforma P-36, que afundou em março de 2011 e deixou 11 mortos.
De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), as manifestações também serviram para chamar a atenção sobre a segurança nas plataformas da Bacia de Campos.
De acordo com o sindicato, desde 1998 foram registrados mais de 1.600 acidentes na Bacia de Campos, que resultaram na morte de 119 trabalhadores. Apenas em 2011, segundo o sindicato, 17 petroleiros morreram devido a acidentes de trabalho em todo o país.
Os protestos ocorreram nos aeroportos de Macaé e Cabo Frio, além do heliporto de Farol de São Tomé, em Campos, que servem de base para o transporte de petroleiros entre o continente e as plataformas.
Diretores do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), familiares de vítimas de acidentes de trabalho, petroleiros acidentados e representantes de movimentos sociais participaram das manifestações. Foram distribuídas publicações com informações sobre a tragédia da P-36 e sobre a situação de insegurança da Bacia de Campos, além de camisas com a frase “Jamais esqueceremos”.
Ato no Aeroporto de Macaé
Somente na Bacia de Campos, 119 trabalhadores do setor petróleo morreram desde 1998. E apenas em 2011, o sindicato recebeu 1606 Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT).
Durante as manifestações, foram lidos os nomes dos 11 petroleiros mortos em P-36. Ao final de cada nome, os participantes gritavam “presente”. Depois da leitura, foi respeitado um minuto de silêncio.
Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, que participou do protesto em Macaé, o papel do sindicato é “lembrar o que a Petrobrás e demais empresas do setor petróleo querem esquecer”.
Ato no Heliporto do Farol
“Nós trazemos aqui depoimentos de familiares das vítimas e até algumas das próprias vítimas de acidentes de trabalho na indústria do petróleo para que o trabalhador veja que isso é real, por que a tendência é sempre achar que o acidente nunca vai acontecer com a gente”, disse Rangel.
O sindicalista lembrou que, em 2011, no setor petróleo em todo o país, 17 petroleiros morreram em razão de acidentes do trabalho. “Isso não pode ser considerado normal”, afirmou.
Ato no Aeroporto de Cabo Frio
Para ele, o trabalhador “precisa saber que dispõe de instrumentos para fazer a sua parte, no Acordo Coletivo e nas Normas Regulamentadoras”, acionando, por meio do sindicato, os órgãos fiscalizadores como a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e o Ministério do Trabalho para exercer a fiscalização nas unidades.
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