A cachaça Barra Velha, série Índio Goitacá, será lançada oficialmente para o público em novembro, após seu registro no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Entre sexta-feira 14 e sábado, 15 de outubro, o sommelier de cachaças Manoel Agostinho Lima Novo, atual presidente da Cúpula da Cachaça e fundador do Clube Carioca da Cachaça, com mais quinze representantes da Confraria de Cachaça do Copo Furado; Confraria Mulheres na Cachaça e Clube Carioca da Cachaça, estiveram na praia do Farol de São Thomé para a elaboração de um blend, das cachaças Barra Velha, do Alambique do Leley.
A busca pelo blend perfeito começou na sexta-feira 14, no salão de convenções da Pousada das Garças, onde o sommelier Agostinho administrou uma palestra sobre o blend de cachaça: a arte sistemática em busca da alquimia de novos sabores para o destilado brasileiro.
No sábado 15, Agostinho e convidados estiveram na Fazenda São Thomé, onde fica situado o Alambique, para a criação de um blend, uma bebida com a cara, a personalidade e a assinatura do Alambique do Leley. Na ocasião, quatro cachaças Barra Velha foram combinadas, são elas: Peroba do Campo, Umburana, Jequitibá e Carvalho, ouro.
''Esse blend terá um sabor único, onde não aparecerá os sabores dessas quatro cachaças que serão combinadas. Será um sabor único, exclusivo para a série índio goitacá'', explica Odirley Caetano, o Leley.
Presidente da Cúpula da Cachaça, Manoel Agostinho viajou o mundo para aprender sobre essa arte e compara o blend a uma orquestra, onde um instrumento sozinho não faz diferença. ''O blender é quem traz a harmonia, mas se errar na regência a música desafina. Por isso, manter o equilíbrio é um objetivo e também um desafio''.
"O trabalho deu muito certo e quem tiver a oportunidade de provar vai gostar muito e, pra nós, vai ficar uma lembrança maravilhosa de uma experiência fantástica", conta Norberto Carvalho, presidente do Clube Carioca da Cachaça.
"Foi um desafio, porque é a primeira vez que fomos convidados para harmonizar as cachaças e criar uma cachaça de qualidade" - Alberto Fernandes, presidente da Confraria de Cachaça do Copo Furado.
"Para mim foi uma honra, uma experiência inenarrável e inesquecível" - Maria João Gaio, presidente da Confraria das Mulheres da Cachaça, do estado do Rio de Janeiro.
Sobre o convite do Leley para fazer a cachaça, Agostinho e convidados falam de suas experiências no vídeo abaixo:
A noite de sábado no Alambique do Leley foi marcada pelo show da cantora Samara Souza e pela presença do público que foi prestigiar e degustar o novo sabor da cachaça Barra Velha.
A cachaça Barra Velha, série Índio Goitacá, será lançada oficialmente para o público em novembro, após seu registro no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Sobre o Índio Goytacá
Cabeludo, alto e bravo. Essas são as principais características do índio Goytacá, considerado extinto, e que habitava no século XVI a região costeira entre o rio São Mateus, no estado brasileiro do Espírito Santo e a foz do rio Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. "O índio Goitaca é o senhor absoluto das terras no tempo da Capitania de São Thomé, depois do Paraíba do Sul", relato de Osório Peixoto em seu livro "500 anos dos Campos dos Goytacazes". "Goitaca" quer dizer corredor, nadador ou caranguejo grande comedor de gentes. Fisicamente possuíam pele mais clara, eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza".
Os Goitacazes tinham cabelo longo, mas raspavam o cabelo do alto da cabeça, eram ótimos nadadores e moravam em ocas fixas, em palafitas sobre as águas Outro traço marcante é que ele não usava nenhuma espécie de tanga, só usava pintura pelo corpo
As características e a braveza do índio assustaram os colonizadores europeus que vieram para a região. Conta a história que após esse primeiro encontro, os colonizadores foram embora e voltaram uma segunda vez já para exterminar os índios. O que provocou a devastação dessa tribo, foi que os europeus pegavam roupas de pessoas com doenças, principalmente varíola, e colocavam na trilha dos índios, quando eles pegavam, ficavam doentes e morriam.
Cultura do índio Goytacá
A cultura do índio Goytacá começou a ser mais conhecida após as décadas de 60, 80 e 90, quando foi descoberto em Campos um sítio arqueológico com ossadas e cerâmicas dos índios. O sítio arqueológico do Caju fica próximo de onde atualmente funciona o cemitério do Caju, descoberto durante uma obra da prefeitura. Onde hoje é o cemitério do Caju, antes havia um lago e os índios tinham o hábito de enterrar os mortos em urnas em volta de lagoas, por isso, foi encontrado tanto material nas proximidades do cemitério.
Comedores de gente, guerreiros, ferozes e arredios. As características mais citadas para definir os índios goitacazes são também uma boa pista para entender por que se sabe tão pouco sobre essa tribo, de grandes caçadores e pescadores, que chegou ao litoral por volta do século II.
Com a extinção da tribo Goitacá, a área que atualmente compreende a sua antiga faixa territorial foi totalmente urbanizada.
Matéria, vídeos e Fotos por Fabiana Henriques
Sobre o índio goiyacá - Fonte: Wikipédia / G1
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