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terça-feira, 24 de junho de 2014

Chupa Cabra existe e assusta moradores na Baixada Campista. Será?

Fotos Silvana Rust

No caminho do Centro da cidade até o Farol de São Thomé, mitos sobrenaturais passam de geração em geração

“Chupa Cabra, Lobisomem e Boitatá existem”, a afirmação é do fazendeiro Amaro Ferreira de Souza, de 72 anos que, com um mololô – instrumento que usa para domar cavalos - nas mãos, sai de madrugada à caça do misterioso animal.

Ele perdeu um cachorro há pouco tempo. Uma semana depois, o cão do vizinho também sumiu misteriosamente. Ele atribui os desaparecimentos dos dois animais a um Chupa Cabra que viveria numa localidade de Campos dos Goytacazes, a caminho de Farol de São Thomé.

Mas para muitos, principalmente para a geração deste século, a existência do chupa cabra - assim como do lobisomem e boitatá - não passa de uma lenda. O fato é que essas histórias sobrenaturais se misturam a fatos reais e sobrevivem ao longo do tempo.

Há 60 anos, o senhor Amaro mora em Boa Vista. Ele explicou que o calor do animal atrai esses seres que se “viram e desviram” facilmente. As manifestações acontecem quando a luz do sol se esconde e o silêncio é a única garantia para o mistério. O que faz ou deixa de fazer o chupa cabra ou qualquer outro homem/animal só é percebido pela manhã.

“O lobisomem é um homem de pouco sangue. Se ele encostar em uma cocheira, os cavalos ficam doidos e ele fica com a cara de cavalo. Mas se ele encostar em um chiqueiro, vai se parecer com porcos.  A polícia não tem nem como agir, ele desvira de novo”, afirma o velho fazendeiro.

O vizinho Marcos Vinícius Ribeiro, de 52 anos, confirmou as histórias contadas por "Seu" Amaro e explica que os acontecimentos desta localidade não são denunciados, por medo de um ataque de vingança. 
“O meu cachorro desapareceu e deixou vestígios de sangue de forma duvidosa. Me lembro da época em que eu morava em Poço Gordo. Papai chegava da casa da minha avó e contou que correu do lobisomem. Ele descreveu como um bicho batendo as orelhas que estava no rastro e, quando ele chegou na porta de casa, sumiu com o ataque dos cachorros. No outro dia, um dos colegas que estavam com ele mostrou a camisa com as marcas do dente do lobisomem”, contou com arrepios.

Mas a geração deste século acredita que estes seres não passam de histórias para “boi dormir”, enquanto o senhor Amaro chama atenção do filho para o Boitatá – gavião que acende uma tocha do fogo.

“As crianças, e até adultos de hoje, não acreditam nessas histórias. Quando a Copa do Mundo de 50 - que também foi no Brasil - aconteceu, eu estava com oito anos. Naquela época, ninguém tinha rádio, luz e o local não tinha estrada. A população não era tão informada. Para estudar em Santo Amaro, só a pé, porque também não tinha ônibus. No caminho escuro passamos por muita coisa. Já a juventude de hoje cresce dentro de casa, nos apartamentos e, na verdade, não conhece nada”, finalizou. 













A historiadora Sílvia Paes comentou sobre as histórias existentes na baixada campista e explicou o significado de lenda, como um conto ou coisa que pode ter acontecido, mas passa a ser contada como algo fantástico.









Jornal Terceira Via

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