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Com a presença de Lula, GNA inaugura a maior termelétrica do Brasil

 O Rio de Janeiro passou a ser o Estado com a maior usina termelétrica do Brasil, passando o Sergipe, depois da inauguração oficial da Gás Natural Açu (GNA), de 1,7 gigawatts (GW). A potência da usina é capaz de atender a cerca de 8 milhões de residências. Localizada no Porto do Açu, em SJB. 

A usina tomou o posto do Porto do Sergipe, da Eneva, de 1,5 GW. O presidente Lula e o Ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, estiveram na solenidade de inauguração. Foram investidos R$ 7 bilhões no projeto, a  GNA II recebeu da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a autorização para iniciar operação comercial no começo de junho e já está em atividade, vendendo energia. A térmica foi incluída em agosto de 2024 no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), considerada como projeto prioritário.

Divulgação

A GNA é uma empresa de geração que tem como acionistas a Prumo, dona do Porto do Açu, a Siemens Energy, a chinesa Spic e a petroleira inglesa BP. A Siemens foig responsável pelo fornecimento dos equipamentos de geração, como turbinas e torres de resfriamento, e a BP responderá pelo suprimento de gás natural. Para a construção da usina, a GNA assinou, em 2021, contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no valor de R$ 4 bilhões. A usina teve a energia contratada em leilões regulados e tem 40% de inflexibilidade — opera 40% do tempo no período seco, entre julho e novembro.

A usina está conectada ao sistema elétrico por meio de uma linha de transmissão em tensão de 500 quilovolts (kV). Para a geração, a usina terá três turbinas a gás natural e uma a vapor. GNA II será do tipo ciclo combinado, tecnologia que aproveita os gases da queima das turbinas a gás para gerar vapor. Esse vapor aciona outra turbina, tornando a ge geração de energia mais eficiente. A térmica GNA II se une a outra usina que já está em operação no Porto do Açu, GNA I, de 1,3 GW, inaugurada em 2021. 

O complexo termelétrico inclui também um terminal de gás natural liquefeito (GNL), com capacidade de regaseificar até 21 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia). Em junho, o presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, disse ao Valor que o objetivo foi criar um hub de gás no Porto do Açu. A GNA possui licença ambiental para instalar outros 3,4 GW de geração, mas a construção de novas térmicas depende de demanda nos próximos leilões. O governo estuda realizar ainda este ano um leilão de reserva de capacidade, voltado para a segurança energética

PRÓXIMOS PASSOS

Durante o evento desta segunda-feira, o ministro Alexandre Silveira e o diretor-presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, assinaram uma Carta de Intenções prevendo investimentos da empresa em projetos estruturantes nas áreas de energia e gás natural. A proposta tem potencial para atrair até R$ 20 bilhões e está inserida no Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural, iniciativa do programa Gás para Empregar. A medida se alinha à estratégia do Governo Federal para a transição energética e fortalece o posicionamento do Porto do Açu como um dos principais polos de gás e energia do país.

Na ocasião, Delfosse também anunciou a assinatura de um termo de compromisso com a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para avaliar a viabilidade de construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto do Açu, com conexão à malha integrada de gás natural brasileira. “Os dois investimentos podem representar até R$ 6 bilhões de investimento no futuro, trazendo mais segurança para a GNA, conectando gás natural e energia e trazendo flexibilidade também para o país”, afirmou Delfosse.


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