O blend Barra Velha, quatro madeiras, terá sua série em homenagem ao índio goitacá. O evento, que será aberto ao público, acontecerá neste sábado, dia 15, a partir das 19h, com música ao vivo
O sommelier de cachaças Manoel Agostinho Lima Novo, atual presidente da Cúpula da Cachaça e fundador do Clube Carioca da Cachaça, estará na praia do Farol de São Thomé, nos dias 14 e 15 de outubro, para a criação de um novo sabor da cachaça Barra Velha.
Na sexta-feira 14, Agostinho administrará uma palestra, para convidados, no salão de convenções da Pousada das Garças, onde falará sobre o blend de cachaça: a arte sistemática em busca da alquimia de novos sabores para o destilado brasileiro. No mundo da cachaça a ‘blendagem’ consiste na harmonização de partes proporcionais ou não de duas ou mais bebidas envelhecidas em barris de madeiras diferentes ou com tempos de maturação diferentes, na busca pelo equilíbrio e identidade.
Participarão da palestra cinco representantes convidados da Confraria do Copo Furado; Confraria Mulheres na Cachaça e Clube Carioca da Cachaça, todos com elevada experiência em cachaça.
A palestra de como fazer o blend, será focado nos seguintes temas:
- Metodologia do blend;
- Análise sensorial;
- Mapa de descritores;
- Preparo das amostras;
- Mapeamento da boca;
- Treinamento de olfato;
- Preparo dos blends;
- Preparo da cachaça final.
Após a palestra, Agostinho e convidados seguirão para a Fazenda Barra Velha, onde haverá a criação de um blend, uma bebida com a cara, a personalidade e a assinatura do Alambique do Leley. Na ocasião, quatro cachaças Barra Velha serão combinadas, são elas: Peroba do Campo, Umburana, Jequitibá e Carvalho, ouro.
''Esse blend terá um sabor único, onde não aparecerá os sabores dessas quatro cachaças que serão combinadas. Será um sabor único, exclusivo para a série índio goitacá'', explica Odirley Caetano, o Leley.
O blend ideal é aquele que soma as qualidades das madeiras para no fim chegar a um produto agradável. E o caminho até a combinação perfeita é a experimentação sistemática. Ou seja, beber e analisar. Embora empolgante, o ofício é levado muito a sério.
Presidente da Cúpula da Cachaça, Manoel Agostinho viajou o mundo para aprender sobre essa arte e diz que não existe cachaça perfeita. Mas, lembra que se no passado o blend foi usado para ocultar as peculiaridades não atrativas, hoje tomou um outro caminho, muito mais positivo. Ele afirma que o grande cuidado na elaboração de um blend, e que deveria ser uma preocupação do master blender, é ter uma mistura uniforme, com dosagens precisas.
Manoel compara o blend a uma orquestra, onde um instrumento sozinho não faz diferença. O blender é quem traz a harmonia, mas se errar na regência a música desafina. Por isso, manter o equilíbrio é um objetivo e também um desafio. O consumidor, quando gosta de uma cachaça, tem a expectativa de encontrar o mesmo produto em futuras compras. Seguir a fórmula evita decepções.
No sábado, dia 15, acontecerá a escolha do blend Barra Velha, quatro madeiras, que terá sua série em homenagem ao índio goitacá. O evento, que será aberto ao público, acontecerá a partir das 19h, no Alambique do Leley, onde haverá música ao vivo.
Por Fabiana Henriques, com informações do Mapa da Cachaça
0 Comentários
Deixe-nos Sua Mensagem! Seja Sempre Bem Vindo(a)!