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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Ministério da Saúde volta atrás e passa a não recomendar vacinação de adolescentes sem comorbidades

  

Divulgação

O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo.

A vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:

  • adolescentes com deficiência permanente,
  • adolescentes com comorbidades,
  • e adolescentes que estejam privados de liberdade.


A decisão estaria embasada nas orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não recomendar a imunização de adolescentes, por essa faixa etária ter poucos casos graves e faltar estudos sobre a vacinação nesse grupo, portanto "os benefícios não estão claramente definidos"


Além disso, a nota cita que houve redução na média móvel de casos e mortes por covid, o que torna o cenário epidemiológico menos perigoso para os adolescentes sem comorbidades.


O anúncio da suspensão ocorre em meio a falta de estoque de certas vacinas em alguns pontos do Brasil, como São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, até então se mostrava favorável a cobertura vacinal dos adolescentes.


Em julho, o representante da pasta tinha previsto o início da imunização para esse grupo sem comorbidade assim que todos os adultos estivessem com a primeira dose. A decisão de vacinar as pessoas de 17 a 12 anos foi, inclusive, tomada em conjunto com os estados e municípios, desde que eles respeitassem o PNI (Plano Nacional de Imunização).


Com os adolescentes inclusos no plano de vacinação, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação da Pfizer para cidadãos com, pelo menos, 12 anos.


Recomendação da OMS 


Citada pelo Ministério da Saúde, a OMS pede cautela para a vacinação de adolescentes. A diretora-geral assistente para Medicamentos e Vacinação da agência, Mariângela Simão, destacou em agosto que nenhum estudo clínico começa com crianças ou adolescentes.


"Tem que levar com cuidado, principalmente por questão de segurança. A relação de benefício em aplicar a vacina nas crianças ainda não está comprovada. Então você precisa ter mais dados, precisa ter mais estudos sobre a segurança dessas vacinas na faixa etária menor", disse à ONU (Organização das Nações Unidas) News.


Apesar dos poucos estudos com adolescentes, a OMS recomenda que, caso haja vacinação, ela seja feita com a Pfizer, como ocorria até então no Brasil. O imunizante se mostrou seguro para os menores de 16 anos, mas o órgão reforçou que os adolescentes sem comorbidades não fazem parte de grupos de risco.


"A vacina é segura e eficaz nesta população, embora aqueles que mais sofrem com a doença ainda sejam os adultos e certos grupos médicos em risco", falou a chefe da Unidade de Imunizações da OMS, Anne Lindstrom.







Fonte: Uol

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