Caso encontre um animal encalhado na praia (mamíferos, tartarugas e aves marinhas), vivo ou morto, acione a Central de Emergências através dos números 99254-4655 e 0800 026 2828 (RJ).
A equipe se dirigiu para o local, onde analisou a princípio, se a tartaruga estaria presa a alguma rede de pesca ou o que poderia está levando ela a emergir constantemente, aparentemente debilitada, próximo à beira-mar.
O monitoramento acompanhou e aguardou, talvez um encalhe, devido ao cansaço da mesma, para que fosse possível um rápido resgate.
Após mais de duas horas de monitoramento, a tartaruga-cabeçuda foi resgatada pelo Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu. A ação contou com o apoio da equipe do INEA.
A princípio ela não apresentava nenhuma anomalia, mas devido ao comportamento incomum à beira-mar, a tartaruga foi encaminhada a um veterinário para apurar o seu estado de saúde e após, será devolvida ao seu habitat natural - o mar.
Conhecida como tartaruga-cabeçuda, também chamada de tartaruga-amarela, Tartaruga-mestiça ou tartaruga-meio-pente, esta espécie ocorre nos mares tropicais, subtropicais e em águas temperadas. No Brasil a espécie pode ser avistada ao longo de todo o litoral. No entanto, as principais áreas reprodutivas são a costa do Sergipe e norte da Bahia, e Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro.
As tartarugas juvenis e adultos se alimentam de crustáceos, principalmente de camarões, siris e caranguejos, além de moluscos, águas-vivas e ovos de peixe - durante seus deslocamentos migratórios são bastante oportunistas. Encalhes desta espécie são raros no Brasil com exceção ao Sul. Elas podem viver mais de 50 anos e chegam a medir 1.5 metros de comprimento, pesando em média 140kg. A sua longevidade é desconhecida, mas estima-se que podem viver até 67 anos.
A cada desova são depositados em média 120 ovos por ninho, sendo que o tempo de incubação dos ovos desta espécie é de aproximadamente 50 a 60 dias, após este período os filhotes eclodem, normalmente à noite indo rapidamente em direção ao mar. Esta é a espécie com maior índice de desovas em praias continentais brasileiras.
Ameaças à espécie
O aumento das atividades pesqueiras desde 2001 tem sido considerado a principal ameaça para a população desta espécie, assim como o impacto humano tem sido reconhecido há décadas. Fatores ligados ao desenvolvimento costeiro desordenado causam impacto negativo nas populações de tartarugas marinhas.
Esta espécie é protegida totalmente por instrumentos legais nacionais que protegem as áreas de desova. Medidas como monitoramento, investimentos em pesquisas ao longo prazo para avaliar as tendências das populações, marcação de adultos e juvenis, para determinação das áreas de uso e deslocamento e biologia reprodutiva, também são realizadas para que a conservação desta espécie ocorra com sucesso.
Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas
O Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu percorre uma extensão de 62 km de praia, que vai do Pontal de Atafona em SJB a Barra do Furado, em Quissamã. O Programa atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
Caso encontre um animal encalhado na praia (mamíferos, tartarugas e aves marinhas), vivo ou morto, acione a Central de Emergências através dos números 99254-4655 e 0800 026 2828 (RJ).
Atualizado 24/05, às 9h15
Farol tá parecendo a lixeira do mundo, muito lixo espalhado pela orla e pelas ruas.
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