Hoje, segundo dados do setor, o fator de recuperação do pós-sal é de 23% para o petróleo e 30% para o gás natural. Os números estão bem distantes da experiência internacional. No Reino Unido, por exemplo, esse índice chega a 46%, enquanto que na Noruega o indicador alcança 70%. Por isso, segundo avaliações dentro da indústria, há espaço para aumentar o fator de recuperação do pós-sal brasileiro, o que daria sobrevida e maior importância a esses ativos dentro do país.
“Não podemos esquecer que a Bacia de Campos, responsável por 90% da produção do pós-sal até hoje, se transformou em um grande laboratório tecnológico ao longo da história”, declarou o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia. “A Bacia de Campos poderá continuar dando sua contribuição para projetos de aumento de recuperação em projetos maduros”, acrescentou.
O próximo passo do Promar será um workshop, voltado aos membros da indústria, nos dias 15 e 16 de abril. A expectativa é que o evento seja presencial, em uma das cidades do Norte Fluminense, a depender da situação da pandemia. Os temas que serão debatidos nesse evento serão: cessão de diretos e transição de operação em campos maduros, descomissionamento e garantias, escoamento de comercialização do gás natural, participações governamentais em campos maduros e acumulações de economicidade marginal, extensão da vida útil de campos maduros, e meio ambiente. Haverá ainda um segundo workshop, previsto para junho. A entrega dos resultados desses debates ao CNPE, como já dito, acontecerá no mês seguinte.
O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, José Mauro, que também esteve no lançamento do programa, disse que o Promar vai tratar também de um aspecto legal muito importante, que é a liberação de áreas dentro do polígono do pré-sal para serem leiloadas no modelo de concessão.
“Hoje, o que mostram os estudos é que, geologicamente, não temos dentro do pré-sal áreas com competitividade a serem leiloadas no modelo de partilha de produção. Mas temos muitas áreas que, se leiloadas no modelo de concessão, têm atratividade, competitividade e gerarão recursos, emprego e renda para essa região”, frisou o secretário.
Atualmente há dois projetos relacionados a esse assunto no Congresso Nacional: o PL 3.178/19, do senador José Serra; e o PL 5.007/20, do deputado Paulo Ganime. “É urgente que possamos liberar essas áreas que estão no polígono do pré-sal, que só poderiam ser leiloadas no regime de partilha, para que sejam leiloadas no regime de concessão, trazendo mais investimentos para toda a região da Bacia de Campos”, completou Mauro.
Fonte: Petronotícias
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