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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Cabo Frio: Dois corpos são encontrados na área de busca dos amigos desaparecidos, informa Marinha

Corpos foram localizados nesta quinta-feira (4), a 50 km do Farol de Cabo Frio, e serão levados para Macaé nesta sexta (5) para serem identificados.
Foto: Gabriel Cavalcante

A Marinha do Brasil informou, na noite desta quinta-feira (4), que encontrou "dois corpos supostamente relacionados com os tripulantes da embarcação 'O Maestro'", que desapareceram ao navegar entre Farol de São Thomé e SJB. Os corpos estavam na área de buscas da lancha em que cinco amigos desapareceram, a aproximadamente 50 quilômetros ao leste do Farol de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, em área próxima ao local onde um material foi recolhido na quarta (3).

Nesta sexta-feira (5), o navio partirá do Porto de Macaé, à fim de possibilitar o translado e a identificação dos corpos, no Instituto Médico Legal (IML) de Macaé. "Cabe destacar que as buscas continuam, apesar das condições de mar desfavoráveis e com tendência a piorar a partir desta sexta, conforme avisos de mau tempo publicados pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM)", conclui a nota. O navio-patrulha e aeronaves já fizeram varredura "em área de mais de 55 mil km², percorrendo uma faixa litorânea entre o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), e a Restinga da Marambaia (RJ), com um afastamento de até 90 km da costa", informou a Marinha. O grupo desapareceu no dia 29 de janeiro, três dias após sair do Iate Clube Guanabara, no Rio de Janeiro, rumo a Vitória, no Espírito Santo, para fazer o primeiro abastecimento da lancha. Um dia antes, porém, o motor da embarcação havia apresentado problemas técnicos.

Estavam na embarcação: Guilherme Ambrósio, como comandante; Cláudio de Souza, operador de máquinas; Wilson Martins, pescador; Domingos Sávio é empresário e amigo de Ricardo e Ricardo Kirts dono do equipamento. Familiares relatam que no último contato, os homens descreveram as condições insatisfatórias do tempo. Naquele dia, afirmam, chuva e vento estavam intensos, o que dificultaria a continuidade do trajeto. As buscas pela embarcação foram iniciadas pela Marinha no dia 31 de janeiro.

Empresário que sumiu com amigos planejava viagem de lancha há cinco anos, diz mulher

O empresário gaúcho Ricardo José Kirst, planejou a viagem por cinco anos, segundo a mulher dele, Tatiane Cruz. Ainda segundo ela, o empresário pesquisou bastante sobre embarcação antes de comprar.

“O Ricardo não é um aventureiro. Ele conhece cada parte do mar. Para ele fazer essa viagem, foram cinco anos estudando cada embarcação antes de comprar. Cada detalhe. Olha, estive com ele no Rio de Janeiro três vezes. Para ver a lancha, monitorar, qual era a melhor. Ele era conhecedor”, afirmou. Ricardo foi ao Rio com os colegas buscar a lancha que havia comprado.

'Viagem não me traria paz'

A professora Eurides Silva Vieira, esposa do mecânico José Cláudio de Souza Vieira, que ficou muito apreensiva quando ele anunciou a viagem. Eurides e Cláudio moram em Fortaleza.

Confesso para você que fiquei muito apreensiva no momento que ele disse ir. Não concordei com essa situação. Intuição de mulher. A mulher tem sexto sentido. Então, isso estava no meu coração. Essa viagem não me traria paz. E não me trouxe paz”, disse, emocionada.

Eurides lembrou que o último contato que fez com o marido foi dia 29 de janeiro. A filha dela conseguiu falar rapidamente e ouviu do pai dizer estar tentando controlar a embarcação. "A última vez que ele falou com a gente foi dia 29. Ele só marcou onde estava. Somente. E minha filha perguntou: pai onde o senhor está? Aí ele disse: filha estou tentando parar o barco e que não sabia onde iria dormir".

Já Cláudia Moura do Nascimento, mulher de Guilherme Abrósio Nascimento, um dos comandantes da embarcação, afirmou que o marido organizou todos os detalhes do percurso com os amigos. Cláudia disse também que Guilherme tinha experiência em embarcações e deslocar lanchas do Rio de Janeiro.

“Era uma viagem tranquila que estava super organizado e bem planejado. E cerca de cinco a seis dias eles já estariam aqui em Fortaleza. Mais de 20 anos que ele trabalha no ramo de embarcações. Ele já tinha o [Guilherme] viajado de Fortaleza para o Rio de Janeiro de barco. Ele tinha muitos anos de profissão e trabalhou em muitas embarcações e nunca deu esse trabalho”.













Fonte: Clique Diário | G1 CE

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