Técnicos do programa ambiental do empreendimento percorrem diariamente 62 km de praia
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Divulgação |
Nos dois primeiros meses da atual temporada reprodutiva das tartarugas marinhas, 270 ninhos foram identificados por técnicos do programa ambiental do Porto do Açu. O número representa mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando foi contabilizado o nascimento de aproximadamente 67 mil filhotes, ao longo de todo o período de desovas. Segundo o gerente de Meio Ambiente do Porto do Açu, Wanderson Souza, se a incidência de ninhos se mantiver alta, a expectativa é de que o número de filhotes também cresça, nesta temporada.
“Estamos bastante otimistas com os dados levantados, até agora, pelo nosso Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas (PMTM). Ele é resultado do esforço diário de uma equipe integrada. Todas as manhãs, técnicos do programa percorrem 62 km de praia, desde o Pontal de Atafona, em São João da Barra, até Barra do Furado, entre Campos e Quissamã, registrando qualquer ocorrência relativa às tartarugas. Neste período, a identificação de ninhos é diária e, em breve, teremos os primeiros nascimentos”, ressaltou.
Durante o período reprodutivo, que vai de setembro a março, a equipe do PMTM localiza, identifica e acompanha os ninhos de tartarugas até o nascimento dos filhotes. Desde que foi criado, em 2008, o programa já identificou cerca de 11 mil ninhos e registrou o nascimento de mais de 807 mil filhotes.
Como parte de suas ações socioambientais, a Porto do Açu organiza solturas de filhotes abertas ao público, durante o verão, e realiza atividades de conscientização para despertar na população o interesse em adotar boas práticas ambientais. O analista de Meio Ambiente da Porto do Açu, Nayar Mendes, aproveita o período de desovas para orientar os banhistas: “Caso encontrem alguma tartaruga durante a postura de ovos, na faixa de areia, o correto é não se aproximar e apagar qualquer fonte de luz que possa atrapalhar o animal. O mesmo vale para os filhotes, que, ao nascerem, caminham por conta própria em direção ao mar e ao sol”, afirmou. O biólogo ainda explicou que, para o caso de filhotes seguindo na direção oposta ao mar, orienta-se que eles sejam delicadamente direcionados à água para que sigam sua jornada.
Para não interferir no trabalho do PMTM, a recomendação é que os banhistas não mexam ou removam as estacas de identificação dos ninhos e não transitem com veículos pela areia – prática já proibida por lei. Por fim, orienta-se que cada um recolha seu lixo. A ingestão de materiais descartados de forma incorreta é uma das principais causas de morte dos animais marinhos. Em caso de encalhes de tartarugas ou qualquer emergência, deve-se entrar em contato com a central de atendimento do Porto do Açu, pelo número 0800 729 0810.
O Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
Assessoria Porto do Açu
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