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Foto: Dyonys Henrique |
Dyonys Henriques Gomes, de 26 anos, morador do Farol de São Thomé é bastante popular na internet e possui nada mais que 107.000 seguidores no Facebook
Sem querer, o londrinense Carlos Alberto Santos, o chaveiro “Bebetu”, 26 anos, com um vídeo mal gravado por um celular de um amigo provocou uma avalanche positiva que inundou o Hospital do Câncer de Londrina (HCL) com novas doações.
Bebetu foi cutucado por um amigo a entrar no desafio do balde – a gigantesca campanha que tornou visível, no mundo, a doença chamada esclerose lateral amiotrófica (ELA). Do dono do Facebook a astros de Hollywood, quem aderiu à causa se viu obrigado a despejar um balde cheio de água com gelo sobre a cabeça e fazer uma doação para uma instituição que pesquisa o assunto. Mais de US$ 100 milhões já foram arrecadados no planeta com a “brincadeira”.
Desafiado, Bebetu quis ir além. Sem conhecer nada sobre a ELA, mirou em um “alvo” local. “Raspei minha cabeça, peguei um saco de gelo e fui ver no que ia dar”.
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Jornal de Londrina |
No vídeo, de 1 minuto e 40 segundos, Bebetu despeja dois baldes sobre si mesmo sem tremer. Na sequência, o chaveiro conclui que achou “sem graça” aparecer tomando banho de água gelada: “É só isso aqui? Quero ver quem tem coragem de ir no Hospital do Câncer e fazer uma doação no carnê de R$ 15 por mês. Tenho mais 10 carnes aqui comigo. Um balde de água gelada na cabeça não é nada”.
Resultado: em menos de uma semana, o desafio de Bebetu em favor do HCL passou a marca dos 166 mil compartilhamentos, tornando o vídeo um viral que passou a rodar mundo afora.
“Gente do país inteiro começou a me perguntar e deixar recado sobre como fazer para doar. Foi impressionante”, conta ele, há 11 anos dono de uma banquinha de chaves. “Sou na minha, não gosto de me exibir. Nem tinha marcado ninguém no vídeo. Só sei que raspei minha cabeça e mandei ver no recado. Estou muito feliz com a repercussão. Me sinto muito bem”, afirma ele, feliz da vida.
Vídeo deve garantir cerca de R$ 60 mil HCL
O Hospital do Câncer de Londrina confirma a “avalanche” de doações logo após o vídeo parar na internet. “É realmente incrível. Nossas postagens de internet atingiam, no máximo, 1,7 mil pessoas. Com o vídeo de de Bebetu, divulgado por Dyonys Henrique à mais de 100.000 seguidores no Facebook, aconteceu uma ‘explosão’”, atesta Edmilson Garcia, administrador geral do HCL.
Na manhã seguinte ao vídeo, 193 pessoas entraram no site do HCL para se inscrever na campanha “Existe Luz no Fim do Túnel” – em que as pessoas podem doar pela conta de luz, em espécie ou em carnês. “Até agora, no mínimo 300 pessoas já aderiram à campanha”, afirma Edmilson.
Uma projeção feita pelo HCL aponta que o vídeo já garantiu, até o fim do ano, pelo menos R$ 60 mil no orçamento do hospital - R$ 4,5 mil já entraram com os primeiros pagamentos.
Atualmente, 7,2 mil pessoas contribuem pelos carnês da campanha, com valores a partir de R$ 10. As contribuições de todos somam R$ 22 mil mensais.
Daqui um mês, o HCL abre uma nova ala de cirurgias para crianças com câncer e dinheiro de voluntários nunca foi tão necessário. Quase 90% dos atendimentos do HCL são para pacientes do SUS – 25% do orçamento do hospital vem de campanhas e iniciativas de pessoas comuns, como Bebetu e Dyonys, e de empresas da cidade.
"Recebemos ligações, e-mails e pedidos de contato pelo site de muitos lugares do país. Gente da Bahia, de São Paulo, do Rio, Espírito Santo. Até doação do Reino Unido chegou depois do vídeo. Só temos a agradecer”.
O perfil de Dyonys no Facebook pode ser visualizado aqui.
Jornal de Londrina / Redação
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