Reagir a assalto NÃO é a forma mais inteligente de se manter vivo

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Diante de um criminoso, a pessoa mais importante - a vítima - deve se concentrar em preservar seu maior bem: a vida

Tão revoltante quanto frustrante é ter de entregar seus bens a alguém que toma o seu carro, seu telefone ou sua bolsa graças ao poder de intimidação provocado por uma arma. A certeza de que este abuso é uma ação ilícita, covarde e injusta pode nos levar a um grave erro: a reação.

Pela lei das probabilidades, as chances de quem toma essa decisão são muito menores. A possibilidade de erro e fracasso é muito grande. Qualquer dos bens que for levado pode ser recuperado no curto - ou médio - prazos. O bem mais importante – a vida – é irrecuperável. 

Especialistas orientam a manter a calma – sem esboçar qualquer tipo de reação. Seu maior desafio será preservar sua vida. A forma mais inteligente de atingir seus objetivos - e evitar hostilidades - será manter suas mãos sempre à vista do agressor. Faça movimentos suaves e informe as ações que fará – como tirar o cinto de segurança ou pegar a carteira. Não tente fugir ou gritar. Mostre que você quer colaborar e que, assim como o bandido, você deseja que aquele pesadelo termine logo. Observe as características físicas do criminoso – mas sem encará-lo. Verifique se tem tatuagens, piercing, o corte de cabelo etc. Essas informações serão importantes para a polícia.

Se estiver nas proximidades do banco, a vítima não deve hesitar em informar a senha correta. Os bancos são obrigados a ressarcir seus prejuízos no caso de retiradas criminosas. A única situação que não se deve negociar: não acompanhe o assaltante para outro lugar ou cenário. 

Esta é uma decisão que cabe à vítima tomar argumentando que está colaborando até aquele momento. Indo para um local ermo, as chances do assaltado diminuem bastante.

Importante lembrar que o assaltante observa sinais externos de riqueza - belos relógios, joias, bolsas, telefones celulares de última geração – mas, principalmente, a postura distraída e relaxada da vítima. É preciso estar alerta!

Jornal Terceira Via
   Em 30/04/2014