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domingo, 16 de outubro de 2016

Perspectivas de até 7 mil empregos com a entrada em ação de empresas petroleiras estrangeiras

  Foto:Divulgação
Multinacionais do petróleo injetam novo ânimo nos municípios na Bacia de Campos

Num quadro de escassez de recursos, municípios produtores de petróleo da Bacia de Campos alimentam perspectivas de um melhor cenário com a entrada em ação de empresas petroleiras estrangeiras que irão se instalar na região, em razão da lei da abertura do setor de petróleo do país para as empresas internacionais.


Segunda maior concessionária em áreas do petróleo no País, atrás apenas da Petrobras, a Shell já se prepara para fincar suas bases em Macaé, com a expectativa de geração entre seis a sete mil empregos diretos e indiretos num prazo médio de três anos.

O executivo Bem Van Beurden afirmou que a fusão da empresa com outra petrolífera fará com que as duas empresas reúnam capacidade para quadruplicar a produção de óleo e gás no país até 2020, transformando a Bacia de Campos em uma das principais área de exploração e produção da companhia no mundo.

Segundo Beurden, um dos principais projetos que deverão contribuir para que a petrolífera atinja seu objetivo de ampliar a produção é a área de Libra, localizada no pré-sal da Bacia de Campos, onde a empresa é sócia da Petrobras e outras companhias.

A Shell desistiu de vender sua fatia nos campos maduros de Bijupirá e Salema, localizados na Bacia de Campos. Segundo a petroleira, o negócio, além dos 80% dos campos, também incluía a venda de uma plataforma (FPSO Fluminense) para Petro Rio, estava estimado em US$ 150 bilhões.

O acordo foi assinado em janeiro do ano passado, sendo que o prazo para a conclusão do contrato vencia em fevereiro. No entanto, a Shell optou por não renovar o prazo de negociação.

Só a entrada de capital estrangeiro no pré-sal deve gerar R$ 10 bilhões de investimentos anuais e cerca de 400 mil novos empregos no País, segundo estudos do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e do grupo de economia de energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra o engenheiro Luiz Henrique Sanches, executivo de uma destilaria na região.

PORTO DO AÇU NA MIRA – O economista Ranuldo Vidigal acrescenta que  a grande maioria do apoio a estas operações será no Porto do Açu. “Campos, por sua infraestrutura, deve atrair a maior parte destas empresas. A prefeitura deve se estruturar para capturar essas corporações e seus melhores empregos”, afirmou o economista Ranulfo Vidigal

Na avaliação de Vidigal, a entrada em operação de outras empresas na Bacia de Campos não diminui a importância da Petrobras e os cerca de 10 mil empregos que sua presença gera na região.

“A Petrobras continua firme e forte como sempre com expertise elevada e capacidade tecnológica. Voltou a ser a segunda do país em valor de mercado, é uma empresa enorme e capaz de superar essa crise e controla 95% da produção nacional. Só não será a única operadora desta imensidão que é o pré-sal”, observou.

RECUPERAÇÃO – Ranulfo observa que o petróleo passa por um momento de recuperação de preços no mercado, com a cotação de US$ 50 o barril.

“O barril de petróleo jamais voltará a despencar para 30 dólares. E com uma rentabilidade maior porque os custos de produção do pré-sal são bem menores, em razão também da enorme produtividade”, concluiu.

Em fevereiro deste ano, o Congresso aprovou projeto que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e ter a participação mínima de 30% na exploração da camada pré-sal. Com isso, o mercado de petróleo e gás  se abre também para outras empresas.




C24H

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