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Concessionária demonstra interesse em bancar a EF-118 entre Porto do Açu e o ES

 A ferrovia EF-118, prevista para conectar os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com um traçado de 575 quilômetros, pode ter seu trecho entre Anchieta-ES e Porto do Açu, em São João da Barra fora do papel mais rapidamente. É que a MRS Logística, responsável pela concessão das ferrovias da chamada Malha Sudeste, demonstrou interesse em bancar a construção do percurso de 200 quilômetros, o que demandará um investimento próximo a R$ 3,2 bilhões.

Divulgação

A empresa está renegociando, com o governo federal, a concessão antecipada da Malha Sudeste, originalmente assinada no começo da década.

"Estamos em meio a uma renegociação sobre renovações antecipadas de ferrovias. A MRS, que é a concessionária da Malha Sudeste, demonstrou interesse em fazer o aporte necessário para a construção da primeira fase da EF-118, entre Anchieta e Porto do Açu (pelos planos do governo, a EF-118 irá de Anchieta até a Região Metropolitana do Rio de Janeiro). Já é um avanço. Veja que a MRS não será a responsável pelas obras, ela disponibilizará o recurso, a execução será de responsabilidade da concessionária. Essas renegociações estão levantando um dinheiro privado que será fundamental para a ampliação e reorganização do sistema ferroviário nacional", explicou Leonardo Cezar Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário.

A obra conectaria a Vitória-Minas (que, também depois de uma renegociação, se estenderá até Anchieta) aos portos do Norte do Rio (Açu) e Sul do Espírito Santo (Central). Ou seja, essas estruturas portuárias, hoje isoladas, passam a estar 'ferroviariamente' conectadas ao Brasil Central, berço do agronegócio e grande demandador de infraestrutura de escoamento.

"A construção da EF-118, que irá até a Região Metropolitana do Rio, formará o que chamamos de Arco Ferroviário Sudeste, estabelecendo um importante e perene fluxo de importação e exportação. O Espírito Santo tem posição estratégica neste planejamento. Estamos compatibilizando os cronogramas com as obras que a Vale tocará entre Cariacica e Anchieta, afinal, uma dependerá da outra. Estamos trabalhando o trecho Anchieta-Açu em um horizonte de oito anos", explicou Ribeiro.

O leilão da EF-118 está previsto para ocorrer até o final deste ano, e as obras devem começar em 2026. O cronograma foi apresentado pelo secretário nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes. "Os estudos da EF-118 já foram apresentados e também realizamos uma audiência pública. Agora estamos consolidando as contribuições recebidas. O próximo passo é enviar o projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) em abril. Após a análise do órgão, poderemos avançar com a publicação do edital. O leilão está previsto para acontecer no final do ano", explicou Ribeiro.

O projeto poderá incluir ainda a construção de mais 325 km de ferrovia, ligando o Porto do Açu a Nova Iguaçu. Essa última etapa está condicionada à decisão do governo federal, podendo ser implementada por meio de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Outro parte dessa ferrovia, um trecho de 80 km entre Santa Leopoldina-ES e Anchieta-ES, será construído pela Vale como contrapartida pela renovação antecipada de suas concessões ferroviárias. Esse segmento será incorporado ao contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).



Com informações A Gazeta ES

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