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Petrobras retira a P-32 da locação para destinação sustentável

 Companhia busca se tornar referência global em descomissionamento, com foco em sustentabilidade, segurança e cuidado com as pessoas e o meio ambiente

Foto: Agência Petrobras

A Petrobras realizou, na última quinta-feira (23/11), a desancoragem da P-32, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, e no sábado (25/11) iniciou a navegação da plataforma para o estaleiro Rio Grande (RS), onde a unidade será submetida a um processo de reciclagem alinhado às melhores práticas ASG (Ambiental, Social e Governança) da indústria mundial, com foco na geração de valor, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.


Esse modelo pioneiro reforça o compromisso internacional da empresa com a sustentabilidade e a transição energética justa. Além disso, o marco representa a criação de novas oportunidades para a cadeia econômica nacional, gerando valor para a sociedade.


“Esse é um marco importante! Com a P-32 já em trânsito para o estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, faremos o primeiro descomissionamento verde no Brasil. E esse é o primeiro de muitos! Nosso Plano Estratégico prevê mais de 20 unidades a serem descomissionadas. Nosso país tem uma forte indústria consumidora de aço. Somos a nona indústria produtora de aço. Ou seja, temos produto disponível, uma tecnologia a ser desenvolvida ou em desenvolvimento, e o mercado consumidor é presente e seguro. Por isso, afirmo que o descomissionamento de plataformas é uma excelente oportunidade para nossa indústria local”, afirmou o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.


A venda da P-32 para a Gerdau S.A., em parceria com o estaleiro Ecovix foi concluída em julho deste ano. A unidade será a primeira plataforma flutuante a seguir o novo modelo de destinação sustentável de embarcações adotado pela Petrobras. Outras 11 unidades flutuantes seguirão nos próximos 5 anos a mesma diretriz.


O Plano de reciclagem da plataforma, elaborado pela Gerdau-Ecovix foi aprovado pela Petrobras e contempla desde os primeiros procedimentos de recebimento da unidade, passando pelos trabalhos de desmontagem, que acontecerá em dique seco, até a destinação final dos resíduos decorrentes do desmantelamento. A execução do plano será acompanhada pela Petrobras para garantir o cumprimento das práticas de segurança, meio ambiente, saúde ocupacional e responsabilidade social de forma sustentável e auditável, ao longo de todo o processo de reciclagem.


O descomissionamento faz parte do ciclo de vida de um sistema de produção e consiste em um conjunto de atividades associadas à interrupção definitiva das operações de uma plataforma e equipamentos associados, quando se esgotam as oportunidades de extensão ou manutenção da produção.


A Política de Reciclagem Verde para embarcações, adotada pela companhia, prevê:


  • - Implementar ações de minimização da geração de resíduos, prevenção de impactos à biodiversidade, além do reaproveitamento de equipamentos e o fomento à economia circular;
  • -Somente utilizar os estaleiros certificados, dotados de dique seco (dry-dock) ou terreno impermeabilizado com sistema de drenagem;
  • - Inventariar previamente os materiais existentes na embarcação de modo a garantir a elaboração adequada de um plano de reciclagem pelo estaleiro;
  • - Reciclar a frota de embarcações de forma segura, protegendo o meio ambiente e pessoas que trabalham nos estaleiros de reciclagem;
  • - Considerar os requisitos da European Union Ship Recycling Resolution nº 1257/2013 no caso de estaleiros internacionais e/ou, no caso dos brasileiros, as licenças de operação e a conformidade com a legislação, regras e regulamentos de meio ambiente, segurança e saúde dos trabalhadores aplicáveis, incluindo gerenciamento de subcontratados;
  • - Atuar em conformidade com os compromissos que a Petrobras é signatária, incluindo medidas de controle à corrupção e respeito aos direitos humanos reconhecidos internacionalmente.


Trajetória de inovação


A plataforma P-32 é uma das dez unidades que já operaram nos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos. O projeto de Revitalização de Marlim e Voador consiste na substituição de 9 unidades dos Campos por Anna Nery e Anita Garibaldi, os novos FPSOs — da sigla inglês para unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo. Estas novas unidades têm capacidade de produzir, em conjunto, até 150 mil barris por dia (bpd).


“Com essas substituições, reduzimos as emissões de gases de efeito estufa em mais de 50%. Essa é uma das frentes do Plano de Renovação da Bacia de Campos, que prevê investimento de US$ 22 bilhões até 2028, com mais de 200 novos poços interligados, além de 4 novos FPSOs”, ressalta o gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Campos, Alex Murteira Célem.


O FPSO P-32 foi pioneiro em águas profundas, tratando e exportando através de offloading de forma integrada desde 1997. Em associação ao FPSO P-47, a unidade foi capaz de escoar grandes volumes produzidos na área norte do campo, superando as expectativas originais. Foram mais de 130 milhões de barris de óleo equivalente (boe) processados das plataformas P-18, P-19, P-20 e P-27. Alcançou as marcas de tratar, estocar e exportar cerca de 70% do óleo de Marlim e 20% do óleo de Albacora, em 2013.





Agencia Petrobras

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