Em alto-mar, as ondas podem chegar aos 5,0 metros de altura, na área oceânica entre o norte do RJ e o sul da Bahia
Uma frente fria que passou pelo Sudeste do Brasil, e já está no litoral da Bahia, deixou uma área de baixa pressão atmosférica sobre o mar que se transformou em um ciclone, ainda associado a esta frente fria.
Na tarde desta segunda-feira, 24 de agosto, essa baixa pressão atmosférica foi considerada como um ciclone extratropical. A análise da Marinha do Brasil mostrou que este sistema estava a 850 km da costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Este sistema causa ventos moderados a fortes sobre o mar e também na costa entre o norte do Rio de Janeiro e o sul da Bahia.
Fortes rajadas de vento
A presença deste ciclone no mar estimula a ocorrência de rajadas de ventos nesta terça-feira, 25, que podem variar de 50 a 70 km/h, da direção sul, na faixa litorânea entre o norte do Rio de Janeiro e o sul da Bahia.
As rajadas de vento ainda devem ocorrer na madrugada e manhã da quarta-feira, 26, mas a tendência é de enfraquecimento no decorrer da tarde com o afastamento do ciclone.
Ressaca
O vento moderado a forte, constante sobre o oceano, gera grandes ondas que chegam à costa, entre o Rio de Janeiro e o sul da Bahia, que podem causar ressaca nas praias.
Entre terça-feira, 25, até a madrugada de 27 de agosto, quinta-feira, o mar ficará agitado na costa entre o Rio de Janeiro e o Sul da Bahia
Há condições para ressaca, com ondas de até 3,0 metros de altura, entre a região litorânea do norte do Rio de Janeiro até o sul da Bahia (região de Caravelas).
Neste período, em alto-mar, as ondas podem chegar aos 5,0 metros de altura, na área oceânica entre norte do Rio de Janeiro o sul da Bahia até a madrugada do dia 27 de agosto.
Atenção, navegantes! A navegação fica perigosa!
Possibilidade de ciclone subtropical
Há uma possibilidade de que esta baixa pressão atmosférica se desprenda da frente fria e passe a ser um sistema autônomo. Além disso, também há chance de que este ciclone extratropical se transforme em um ciclone subtropical.
Pelo diagrama de previsão de evolução de ciclones do NCEP/GFS (National Centers for Environmental Prediction/Global Forecast System), dos Estados Unidos), este sistema deve passar por um breve período com núcleo quente, passando a ser um ciclone subtropical, mas depois voltar a ser frio, voltando a ser um extratropical.
Mani poderá nascer?
Se esta baixa pressão atmosférica ganhar força suficiente para se transformar em uma tempestade subtropical vai ser batizada e terá um nome. Quem nomeia este tipo de fenômeno especial é a Marinha do Brasil. Segundo a lista de nomes atualizada pela Marinha em 2018, a depois de Kurumi, que se formou em janeiro de 2020, a próxima tempestade subtropical será chamada de Mani.
Em 2018, a Marinha atualizou a lista de nomes para possíveis ciclones que se formem na costa brasileira. A nova lista tem 15 nomes e a anterior tinha 10.
Confira a lista completa com a época e local de formação dos sistemas nomeados até agora.
1 - Arani (tempo furioso) - março 2011 - RJ/ES
2 - Bapo (chocalho) - fevereiro 2015 - SP
3 - Cari (homem branco) - março 2015 - SC
4 - Deni (tribo indígena) - novembro 2016 - RJ
5 - Eçaí (olho pequeno) - dezembro 2016 - SC
6 - Guará (lobo do cerrado) - dezembro 2017 - ES/BA
7 - Iba (ruim) - março 2019 - BA
8 - Jaguar (lobo) - maio 2019 - RJ
9 - Kurumí (menino) - janeiro de 2020 - ES/RJ
10 - Mani (deusa indígena)
11 - Oquira (broto de folhagem)
12 - Potira (flor)
13 - Raoni (grande guerreiro)
14 - Ubá (canoa indígena)
15 - Yakecan (o som do céu)
Fonte: Climatempo
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