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sábado, 4 de agosto de 2018

Facebook suspende as contas de usuários com menos de 13 anos

Reprodução
O Facebook vai suspender as contas de usuários com menos de 13 anos de idade. A criação do perfil já era proibida pela rede social, mas a empresa atualizou as orientações “para revisores para que suspendam qualquer conta que eles encontrem que tenham forte indício de ser de alguém de menos de 13 anos, mesmo que a denúncia da comunidade seja por outra razão que não a idade da pessoa”.

Para o psicólogo, Luís Antônio Cosmelli, a medida é de grande valia, pois “estamos em uma geração que dedica a maior parte do seu tempo às redes sociais e nem sempre de uma forma prazerosa e construtiva, em que absorvem conteúdos que possam ajudar a ter mais lazer com amigos, se comunicar. A grande preocupação é que isso está se dando apenas no plano virtual”.

Cosmelli cita que o uso inadequado e indiscriminado de redes sociais tem levado cada vez mais crianças e adolescentes a se enclausurarem em seus ‘mundinhos virtuais’ e deixando de lado a convivência social, a amizade, o bate-papo e brincadeiras saudáveis. São pessoas altamente conservadoras, com discurso racista e um preconceito muito grande em relação ao diferente.

“O que a gente tem visto é que qualquer um pode ser qualquer coisa e qualquer pessoa nas redes sociais. Você pode ser uma pessoa ótima, mas também uma pessoa altamente perturbada, comprometendo um diálogo e um contato com uma criança ou um adolescente. Na escola, por exemplo, muitos resultados têm sido um desastre. Por mais informação e mais acesso às redes tecnológicas, virtuais e sociais, a socialização sofreu um impacto muito grave. As crianças estão muito individualizadas, com baixo teor de generosidade e solidariedade”, lamentou o psicólogo.

Luís Antônio comentou que não é proibir a tecnologia, o uso da informação por meio das redes sociais, mas sim mostrar a criança conteúdos de qualidade.

“A qualidade da informação, do conhecimento e do saber tem que está intimamente associada à qualidade de vida. Porque não adianta você saber muito e não ser capaz de conviver com ninguém. E você vê isso hoje nas crianças pequenas. Isso é uma preocupação que a família terá. Essa é a grande questão porque vejo que a família se ausenta dessa responsabilidade. As crianças ficam trancadas em seus quartos e os pais não têm nem acesso aos que os filhos veem na internet. A família tem de estar à pá disso e oferecer alternativas de outras opções que não seja o computador, tablet ou celular. A escola, a família e algumas instituições de peso têm que retomar a questão do diálogo, do falar sobre isso, porque a gente sabe que informação não é conhecimento, pois muitas das vezes vem deturpada e destruindo toda a capacidade de análise da criança”.

SUSPENSÃO

Monika Bickert, vice-presidente global de Políticas de Conteúdo do Facebook, foi a responsável pelo comunicado, que foi feito após uma reportagem do canal de televisão britânico Channel 4, que levantou questões sobre a política de privacidade.

“Nós não permitimos que pessoas com menos de 13 anos tenham uma conta no Facebook. Se alguém denunciar uma pessoa por ter menos de 13 anos, o revisor analisará o conteúdo do perfil (texto e fotos) para tentar descobrir sua idade. Se o revisor acreditar que a pessoa tem menos de 13 anos, a conta será suspensa e a pessoa não conseguirá usar o Facebook até que forneça provas da sua idade”, completou Monika em um texto intitulado “Trabalhamos para manter o Facebook um lugar seguro”.

O texto fala de “políticas claras sobre o que é permitido no Facebook e processos estabelecidos para aplicar as regras”.

O comunicado também informa que a empresa aumentou sua equipe para revisar denúncias de conteúdos na rede social. “Estamos dobrando o número de pessoas trabalhando em nossas equipes de segurança e proteção neste ano para 20 mil. Isso inclui mais de 7.500 revisores de conteúdo”, explica.

A vice-presidente global da empresa ainda destaca a dificuldade de se fazer esse trabalho.
“Mais de 1,4 bilhão de pessoas usam o Facebook todos os dias ao redor do mundo. Elas publicam em dezenas de idiomas diferentes: tudo, desde fotos e atualizações de status até vídeos ao vivo. Decidir o que permanece e o que é removido envolve uma análise difícil sobre questões complexas – que vão desde bullying e discurso de ódio a terrorismo e crimes de guerra”.

“Realizamos três grandes eventos na Europa em maio, onde pudemos ouvir as ideias de defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão, além de especialistas em contraterrorismo e segurança infantil”, finaliza.

Fonte: Ururau/G1

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