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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Trabalhadores da Pesca fazem duas manifestações na RJ 216 nesta sexta

Foto: Portal do Farol
Um grupo de aproximadamente 30 trabalhadores da pesca, entre eles, marisqueiras e pescadores realizaram na manhã desta sexta-feira (11/05), por volta das 5:30h, uma manifestação na RJ-216 (Campos-Farol), na entrada do Farol. Eles bloquearam a rodovia colocando fogo em pedaços de galhos e pneus. 

Vários funcionários do Heliporto São Thomé e outros que iriam embarcar, deixaram seus carros e tentaram passar a pé, sendo impedidos pelos manifestantes. 

"Para garantir os direitos deles, eles estão tirando o nosso, porque se a gente chegar atrasado e perder o nosso voo, teremos que pagar quase um salário e meio pelo voo" - disse Odailson Chagas que discutiu com os manifestantes para poder seguir para seu embarque no Heliporto.

A pista só foi liberada por volta das 10:00hs e contou com a presença dos Policiais militares no local para conter os ânimos dos manifestantes. Equipe do Batalhão da Polícia Rodoviária Federal (BPRF) do Posto 12, também estiveram no local.
Por volta das 13:00h, os manifestantes voltaram a protestar fechando a RJ-216, dessa vez, logo após o Heliporto. 
Motivo da Manifestação

Um dos motivos seria o atraso do repasse do auxílio Defeso (benefício concedido ao pescador e mulheres trabalhadoras da pesca (marisqueiras), não aptos ao seguro pelo Governo Federal, durante o período de defeso da atividade pesqueira para a preservação da espécie, sendo, piracema de 01 de novembro a 28 de fevereiro, e do camarão de 01 de março a 31 de maio). 

Segundo as  marisqueiras, 175 pessoas teriam sido selecionadas para receber o pagamento, porém, cerca de 900 pessoas exercem a atividade em Farol de São Thomé. Elas reclamaram ainda que muitos não conseguiram sequer fazer o cadastro.

O repasse é feito no mês de abril, mas de acordo com os manifestantes, nem a primeira parcela foi paga ainda. Na tarde desta quinta-feira (10), o ato aconteceu em frente a sede da Prefeitura.

Nota da Prefeitura

A secretaria de Desenvolvimento Humano e Social esclarece que o cadastro dos trabalhadores da pesca segue os critérios legais, em que se verifica o efetivo exercício do trabalho no segmento e a condição socioeconômica de cada pessoa. A concessão de benefícios dos anos anteriores foi alvo de denúncias ao Ministério Público Estadual. Foi feito o cadastramento durante os dois meses de alta da pesca de camarão (novembro e dezembro) e foram identificados os trabalhadores em exercício.

A secretária Sana Gimenes, que recebeu uma comissão das marisqueiras na última quinta-feira (10), ressalta que independentemente do fato de ser trabalhador da pesca ou não, a secretaria atende a pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza, referenciadas pelos Cras (Centro de Referência em Assistência Social), através do Programa Renda Mínima com benefício correspondente ao valor de um salário mínimo nacional.

A Prefeitura de Campos informa também, que já havia programado o pagamento referente ao benefício das marisqueiras que se enquadram nos critérios estabelecidos, dependendo, apenas, de disponibilidade financeira para a execução do mesmo. Devido a entrada da participação especial, pagamentos às pessoas que possuem direito ao benefício puderam ser realizados esta semana.


Da Redação

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