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domingo, 5 de maio de 2013

Navio Vital de Oliveira: naufragado a 25 milhas do Farol de São Thomé







O navio Vital de Oliveira, ex-Vapor Itaúba', foi um dos navios a vapor da classe Ita que fazia a navegação de cabotagem no Brasil, transportando passageiros e cargas na primeira metade do século XX.

Foi construído pelo estaleiro Ailsa Shipbuilding Company Ltd, de Troon, Escócia, em 1910, para a Companhia Nacional de Navegação Costeira, e batizado com o nome Itaúba. 

Em 1911, o Itaúba foi requisitado pela Marinha do Brasil para servir como transporte da força naval enviada à baía de Assunção destinada a garantir a livre navegação do rio Paraguai, durante a guerra civil do Paraguai, de 1911-1912.

Em 1931, ele foi incorporado à Marinha de Guerra brasileira, juntamente com os vapores Itajubá e Itapema e em 2 de dezembro, de 1932 foi rebatizado como Vital de Oliveira, em homenagem ao Capitão de fragata Manuel Antônio Vital de Oliveira, morto em um bombardeio ao Forte de Curupaiti, em 2 de fevereiro de 1867, quando comandava o Monitor Encouraçado Silvado, na Guerra do Paraguai.

Na Marinha, o Itaúba foi classificado, ao longo dos anos, como navio de instrução, navio faroleiro, navio hidrográfico e, por fim, navio auxiliar.

No dia 19 de julho de 1944, às 23:55, o NAux Vital de Oliveira foi posto a pique, atingido por um torpedo do submarino alemão U-861, a 25 milhas ao sul do Farol de São Thomé, na costa fluminense.

Ele havia partido do porto de Natal trazendo militares para o Rio de Janeiro, e havia feito escalas em Cabedelo, Recife, Salvador e Vitória, de onde saíra escoltado pelo caça submarino Javari. Morreram no naufrágio 99 pessoas dos 270 tripulantes e passageiros.

Na ocasião, era comandado pelo Capitão-de-Fragata João Batista de Medeiros Guimarães Roxo.












'VITAL DE OLIVEIRA'
Informações Gerais:










Lançado ao mar em 1910
Entrada em serviço 29 de outubro de 1931
Status baixa do serviço ativo 19 de julho de 1944

Características
Tonelagem 1 737 t
Comprimento 82,3 m
Largura 12,3 m, calado 4,3 m
Maquinário a vapor, com dois motores de tripla expansão de 540 hp acoplado a dois hélices
Propulsão carvão
Velocidade máxima de 9 nós
Equipamento paus de carga nos mastros, próximos aos três porões
Armamento 2 canhões L/40 de 47 mm



Capitão-de-Fragata
MANOEL VITAL DE OLIVEIRA PATRONO DA HIDROGRAFIA 

Considerado como oficial de brilhante inteligência, pelas provas dadas no curso de Escola da Marinha, onde se matriculou em 1º de Março de 1843 e como oficial de grande bravura e extraordinária presença de espirito, demonstradas no combate travado em 2 de Fevereiro de 1849, Vital de Oliveira, foi, em 1854, designado para levantar a planta de Pitambú a São Bento, na costa da então província de Pernambuco.

No combate de 2 de Fevereiro, tinha apenas dezenove anos e era segundo tenente, promovido em 2 de Dezembro de 1847. Mostrou-se oficial de tal valor naquela ação, onde fôra ferido, que o governo o distinguiu com a condecoração de Cavalheiro da Ordem de Cristo (Decreto de 14 de março de 1849).

Manoel Antonio Vital de Oliveira nasceu em Recife no dia 28 de Setembro de 1829.





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