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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Festa de Santo Amaro: Tradição dos Monges Beneditinos

Dom Bonifácio | Divulgação Diocese de Campos
Presentes em Campos desde 1648, os Monges Beneditinos construíram um legado de fé e evangelizaram os moradores da Baixada Campista. Do Mosteiro construído na localidade de São Bento irradiaram a fé católica para toda região. Um legado marcado pela presença na educação, cultura e fé. E uma importante contribuição é a Devoção a Santo Amaro, reconhecido como um importante patrimônio da cidade de Campos com projeção nacional.

A Igreja foi construída em 1733-36, uma capela em taipa que em 1939 já não comportava o numero de devotos e já estava precisando de reformas. A antiga edificação recebeu paredes de tijolos sendo mantida a edificação original. Em 1854 a igreja foi ampliada e com um numero expressivo de devotos. Já se expandia a devoção ao santo.  De Campos a festa se tornava expressão para todo o Brasil se tornando uma das maiores festas do calendário religioso da Diocese de Campos.

Em 1789 a Igreja de Santo Amaro recebia a imagem, obra do mestre escultor e entalhador Frei Domingos da Conceição Silva. A imagem estava no altar da Igreja Abacial do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. E a imagem originaria da devoção é atribuída ao mestre Agostinho de Jesus, religioso do Mosteiro de São Bento da Bahia.
Devotos e Romeiros. Os séculos se passaram e iniciava o tradicional Caminho de Fé percorrido na madrugada de dia 15 de janeiro. Um percurso que começa na Praça do Santíssimo Salvador e passa por igrejas centenárias, chegando ao Distrito de Santo Amaro. Um caminho de fé, devoção e de espiritualidade. A cada ano aumenta o numero de peregrinos que fazem o percurso. Cansados, mas a sensação de gratidão por graças alcançadas ao longo dos anos. Historias contadas e que registram a fé em Santo Amaro.

Os registros dessa fé e devoção marcadas com as expressões da religiosidade popular registradas durante todo o ano. Caminha de joelhos ate o altar, fotos e os bilhetes depositados juntamente com representações em cera retratando a parte do corpo que obteve a graça da cura. Mas as promessas ao santo continuam com pedidos de saúde, conquistas de emprego, aquisição da casa própria.

Testemunhos e recordações no registro e na memória coletiva dos moradores que recordam as múltiplas historias e de personagens que ajudaram na construção do Memorial da Baixada Campista. Rosemary de Fátima de Souza recorda do tempo de juventude que viveu na Igreja de Santo Amaro. As ladainhas cantadas nas festas em latim. Ao órgão Milton Neves, compositor do tradicional Hino de Santo Amaro, em reverência ao Glorioso Pai Santo Amaro.

Recorda a presença do Monge Alemão, Dom Bonifácio Plum, que preparava as cantoras e sempre estava atento as pronuncias do latim.

– Lembro de Antonia de Adão, Lecy de Souza, Edith Machado, Célia Neves, Anésia, Eliane Machado da época de Dom Bonifácio e o organista Milton Neves. As procissões com anjos, organizadas por Dona Luzia, a Banda de Musica e recordo de Domingos Matilde, o fogueteiro Amaro Balbino. – recorda.‪



Ascom Diocese de Campos

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