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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Pescadores sem poder trabalhar e problema cai na conta de São Pedro

Foto: Divulgação

A situação não está nada boa para pescadores de Barra do Furado, pertencente a Quissamã, e do terminal pesqueiro de Farol de São Thomé, em Campos.


Com a barra do canal seco, cerca de 100 barcos não estão conseguindo chegar ao mar. Muitos dos 300 pescadores estão passando necessidades. A última dragagem na área ocorreu há mais de um ano, durante o período das obras do Complexo Logístico Farol/Barra do Furado, que estão paradas. Segundo a superintendência do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o caso é para São Pedro e hoje não existe nem um paliativo previsto para a área.

— A situação está muito complicada. Entendemos que é caso de utilidade pública. Trabalhadores que não estão conseguindo colocar comida na mesa. Há um tempo quando a maré subia ainda era possível passar pela barra, agora nem isso. Quando foi realizada a dragagem de 80 metros ajudou bastante, mas não durou nem dois meses e a areia voltou. O prejuízo diário tem sido grande para todos, assim como o desgaste por não conseguir entrar no mar. Um barco de pesca de camarão deixa de ganhar por dia R$ 1 mil, os de pesca de parelha, muito mais — diz o pescador José Fabrício Meireles Andrade.

Fabrício conta que a luta tem sido grande por parte dos pescadores, que ainda insistem em entrar no mar. “Hoje (ontem) quatro barcos ainda conseguiram sair pela boca da barra, mas foi preciso um barco pequeno puxar. Outro iniciou a tentativa às 2h da madrugada e às 11h da manhã ainda não tinha tido sucesso. É muito triste, tanto esforço e não conseguir trabalhar”, relata.

O Secretário de Meio Ambiente, Agricultura, Obras e Serviços Públicos (Coordenação, Habitação — Integrada) de Quissamã, Jorge Penha, disse que para resolver a situação em Barra do Furado é preciso abrir as comportas do Canal das Flechas, mas que essa medida só pode ser realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). E que, se tiver necessidade de outra intervenção, com a utilização de máquinas, também só pode ser feita pelo Inea.

A Prefeitura de Campos informou que através da Superintendência de Pesca e Agricultura, já encaminhou dois ofícios solicitando ao Inea, órgão responsável pelos canais, solicitação de equipamentos, além de autorização para trabalho de limpeza e desassoreamento, além de abertura das comportas para aumentar a vazão e viabilizar a passagem das embarcações. A prefeitura aguarda resposta e autorização do Inea para atender à categoria. Novas solicitações estão sendo feitas em caráter de urgência.

O superintendente regional do Inea, Fernando Guida, disse que a situação na barra é um problema que só São Pedro pode resolver. “É um problema para São Pedro (as chuvas estão atribuídas ao santo) resolver. O que ocorre é um fenômeno natural. As intervenções só resolvem na hora. Faça chuva ou sol. Pode ficar uma máquina no local 24 horas por dia e o problema não se resolve. É ruim para o pescador, às vezes fazemos algum paliativo, mas hoje não existe nenhum paliativo previsto para a área. Porém, estamos sempre procurando soluções e em constante contato com o Comitê de Bacia Hidrográfica Baixo Paraíba do Sul”, disse Guida.



Folha Online

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