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Empregados da Petrobras estão em greve por tempo indeterminado. A diretoria do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-NF) definiu o começo da paralisação no Norte Fluminense a partir da zero hora desta quinta-feira (17), acompanhando todo Brasil.
Os petroleiros protestam contra o primeiro leilão de áreas de exploração de petróleo na camada pré-sal. O certame, que oferecerá a área de Libra, na Bacia de Santos, está agendado para segunda-feira (21).
De acordo com o Sindipetro, é importante que a categoria petroleira a bordo das plataformas e do TECAB sigam as orientações já divulgadas pelo sindicato. Em caso de dúvida, é importante que os grevistas façam contato com os diretores do sindicato pelos celulares. Haverá plantão nas sedes do sindicato em Campos (22) 2733-1530 e Macaé (22) 2765-9550.
Segundo o coordenador do Sindipetro, José Maria Rangel, diante do resultado das assembleias na Bacia de Campos e com um quadro nacional onde todas as bases aprovaram a greve, a expectativa é que tenha uma paralisação com bastante intensidade.
"A categoria petroleira tem um histórico de mobilizações de muito sucesso, acreditamos que o resultado positivo dessa greve é a apresentação de uma nova proposta que contemple as principais reivindicações da categoria petroleira”, afirmou Zé Maria.
Em todo país - Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a indicação a favor da greve foi aprovada em sindicatos filiados "de Norte a Sul" do país. Serão paralisadas as atividades em refinarias, terminais de distribuição, plataformas de petróleo, campos terrestres de produção, usinas de biodiesel, termoelétricas e unidades administrativas da Petrobras e suas subsidiárias.
A única exceção é a Lubnor, fábrica de asfalto, lubrificantes e outros derivados, localizada no Ceará, onde haverá uma assembleia, na manhã desta quinta-feira, para decidir sobre a greve, informa nota enviada pela FUP.
"Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21", diz um trecho da nota.
A pauta de reivindicações da greve inclui também a retirada da pauta de votação da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei (PL) 4.330/04, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO). O projeto muda as regras para a terceirização de serviços. "Sob o pretexto de regulamentar a terceirização, (o projeto) piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora", diz a nota da FUP.
Por fim, os sindicatos cobram também avanços na campanha de negociação salarial, "cuja proposta apresentada pela Petrobras, no dia 7, foi amplamente rejeitada pelos trabalhadores".
Fonte: Ascom / Sindipetro
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