Justiça nega segundo pedido de liberdade do empresário Ralph

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Acusado de torturar três adolescentes em Farol deve permanecer preso até, no mínimo, a primeira audiência do caso

O juiz Paulo Assed negou, na última quarta-feira (7 de agosto), o pedido de revogação da prisão do empresário Ralph Gomes de Azevedo, 34 anos, acusado de torturar três adolescentes, em Campos, no mês de junho.

Este foi o segundo pedido de liberdade feito pela defesa de Ralph em duas semanas. O primeiro foi no dia 30 de julho, uma semana após a prisão de Ralph. Na ocasião, o juiz titular da 3ª Vara Criminal negou o pedido alegando que “não há nenhuma modificação fática ou jurídica para se decretar a liberdade do acusado Ralph, e a custódia cautelar do réu é imperiosa para resguardo da lisura da instrução criminal”.

Já na última quarta, Assed ratificou que não houve modificação no fato que justificasse a soltura de Ralph e justificou: “é preciso que se mantenham as testemunhas livres de quaisquer pressões, medos ou constrangimentos para que, sob o crivo do contraditório, prestem seus depoimentos. Assim, pelo menos até a instrução, quando outra análise poderá se dar, indefiro o pedido de revogação, mantendo a decisão que decretou a prisão do indiciado”.

Com a decisão, Ralph e o amigo Adriano Piedade, 35, devem continuar presos até, no mínimo, a Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ), que não tem data marcada.

O crime aconteceu no dia 26 de junho de 2013.  Segundo a denúncia oferecida pela Segunda Promotoria de Investigação Penal (PIP), Ralph e Adriano torturaram os adolescentes porque suspeitaram que eles furtaram material de construção em uma obra feita pela construtora de Ralph. Segundo o MP, as vítimas foram levadas para uma área deserta da praia do Farol, ameaçadas e torturadas até confessar que praticaram o crime.

Os acusados estão presos desde o dia 22 de julho por um mandado de prisão preventiva. Na ocasião, na casa de Ralph, agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) apreenderam uma pistola calibre 380.

Jornal Terceira Via