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terça-feira, 22 de agosto de 2017

A luta pela Distritalização do Farol

Foto: Silvana Rust
Nos dias atuais é notório perceber que a população é mais prática e objetiva. Isso acontece em todos os setores e em todos os lugares. Uma vida com mais praticidade e comodidade pode oferecer mais tempo e qualidade de vida, para quem deseja aproveitar as horas que restam da melhor maneira possível.


Tudo isso parece muito comum e próximo da realidade.

Ir ao banco, comprar produtos pela internet, receber correspondências e produtos de lojas online, enfim, coisas do cotidiano da maioria da população. Mesmo que isso pareça tão comum aos olhos de muita gente, todas essas questões fogem da realidade do bairro Farol de São Thomé, em Campos. Moradores lutam pela distritalização do local, já que eles parecem viver longe de qualquer praticidade e muitas vezes são esquecidos pelo poder público. A única praia campista é muito lembrada durante o verão. A saúde fica melhor, a circulação de ônibus é frequente e o turismo mais valorizado, porém, tudo isso acaba quando o verão termina. Moradores que em todos os verões esperam por melhorias na esperança de uma melhor qualidade de vida, continuam esquecidos e o bairro permanece sem investimentos.

Luta em grupo

Desde o ano de 2010, o Núcleo de Estudo Ambiental da Bacia de Campos (NEA- BC), atua em Farol junto com moradores, com o objetivo de organizar a comunidade para o controle social e incidência nas políticas públicas. 

Em audiências públicas, as demandas de Farol e de toda Baixada Campista são levadas para discussões. Segundo a assistente de mobilização e logística da NEA – BC, Izabela Apolinário, o processo de distritalização surgiu durante o assunto de que Farol não seria um distrito e sim uma localidade dividida entre dois distritos, algo que a maioria dos moradores não sabia. “O grupo se organizou e decidiu definir a distritalização do Farol como uma bandeira de luta e começou a lutar por ela. Muitas reuniões com entidades de Farol e moradores foram realizadas, muitas mobilizações para informar a comunidade, consultar e convidar os moradores para essa luta foram feitas. O projeto contratou um advogado e um geógrafo para auxiliar o grupo e, juntos, criaram um projeto de lei e um mapa para serem encaminhados ao poder público. No dia 26 de maio de 2015, em um fórum com mais de 400 moradores foram entregues o Projeto de lei e mapa ao representante do poder público presente e desde este dia aguardamos resposta.”, explicou a assistente. 

Ainda de acordo com Izabela, a distritalização de Farol traria mais identidade ao bairro e diminuiria as dificuldades dos moradores. “A distritalização traria a princípio uma identidade, o Farol seria um distrito litorâneo, e isso fortaleceria o turismo e as entidades locais. Esse é um movimento popular, então fortaleceria as organizações envolvidas e a própria comunidade, que com esse fortalecimento poderia buscar mais investimentos para o distrito junto ao poder público. Além de se definir um CEP, entre outros benefícios”, finalizou Izabela Apolinário.

Projeto de Lei

Em outubro de 2016, a superintendência de planejamento realizou, na sede da Representação Regional – Norte da Firjan, uma audiência pública de apresentação do Plano de Metas do quadriênio 2017/2020. Acessibilidade, Habitação, Mobilidade e Saneamento foram os temas abordados e apresentados durante a audiência. Neste ano, o projeto de lei foi protocolado novamente, pois com a mudança de governo o projeto de lei teria se perdido. Agora, o processo está sendo analisado pela procuradoria que irá emitir um parecer sobre o mesmo. 

Segundo o vice-presidente da Associação de Moradores de Farol, Arthur Caetano, a distritalização traz muitos benefícios para os moradores e comerciantes. “O distrito facilita a chegada de uma agência bancária, já que temos que nos deslocar 50 km para uma agência mais próxima, além de um CEP próprio que temos uma dificuldade imensa com a chegada de correspondências e produtos.”, contou Arthur. 


Jornal Terceira Via / Foto: Silvana Rust

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