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terça-feira, 18 de julho de 2017

Porto do Açu investirá em térmica de última geração e promete três mil empregos até 2019

Foto: Reprodução Silvana Rust
Apesar da economia estar mergulhada na pior crise dos últimos tempos, boas notícias emergiram na semana passada, especialmente para o interior do Rio de Janeiro.


Obviamente, tudo passa pela Petrobras e pelo Porto do Açu, e também a retomada do Comperj em Itaboraí. A Prumo, que opera o Porto do Açu vai investir R$ 3 bilhões na construção de uma usina térmica a gás e de estação de regaseificação, um processo que transforma gás em estado líquido para gasoso. 

Segundo o presidente da Prumo, José Magela Bernardes, as obras começam em 2018 e vão gerar três mil empregos. A Prumo já fez todos os estudos para a instalação de um gasoduto que vai margear a BR-101 do lado direito levando o gás para o Porto do Açu. Processo de desapropriações de terras, por onde o gasoduto passará, está em curso, praticamente concluído. Deve estar pronto em menos de um ano.

Presidente da Prumo

 Segundo o presidente da Prumo a térmica faz parte de um projeto bem maior, que prevê a construção de outras unidades. O projeto deverá consumir investimentos totais de R$ 15 bilhões, tornando-se o maior parque térmico do país. – Porém, precisamos de matéria-prima, o gás. Estamos em contato com todos os produtores de petróleo, pois existe a necessidade do escoamento deste gás - disse o gerente. Ele acrescentou: “Temos o gás do pré-sal. Estamos criando uma solução para evacuar esse gás que vem junto com o petróleo. A térmica vai começar a operar em 2021. Desde 2014, já investimos R$ 5 bilhões para finalizar essas obras e outras, como o terminal de minério de ferro” disse Magela.

Entusiasmo na região

Para os empresários da Região esse será o ponto crucial do Porto do Açu e vai salvar a economia do interior do Rio, altamente dependente do petróleo. Eles destacam principalmente a geração de empregos da ordem de três mil, um pouco acima do número de vagas fechadas pela crise na área da construção civil. 

O município de Macaé, que sentiu tão ou mais quanto Campos os efeitos da crise, com a baixa do preço do petróleo, também vai contar com novos investimentos e fala-se em R$ 50 bilhões. Isso sem falar em um novo porto em Maricá, que será construído pela DTA Engenharia com investimentos previstos de R$ 5,2 bilhões, faltando apenas a licença ambiental para o início do projeto. Macaé estava disputando esse investimento com Maricá, mas os estudos técnicos apontam como melhor localização a cidade localizada próxima à Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O projeto será para dar suporte ao pré-sal. Tudo isso tem como ponto de partida a recuperação econômica da Petrobras que foi sangrada nos últimos anos por um surpreendente esquema de corrupção. A estatal já está dando sinais de recuperação.

Macaé volta a crescer

Em Macaé começam a ganhar corpo novos projetos no setor petrolífero. É o caso do Parque Bellavista, um polo industrial privado onde estão instaladas 19 empresas do setor de petróleo, que vai triplicar de tamanho. Vai passar dos atuais um milhão de metros quadrados para três milhões de metros quadrados. Os investimentos estimados são de cerca de R$ 50 milhões. 

O diretor do Parque Bellavista, Leonardo Dias, explicou que a ideia de expansão da área industrial surgiu em 2013, quando o setor de petróleo estava em franco crescimento. E mesmo com a chegada da crise, disse ele, o grupo não desistiu do projeto, acreditando na futura ampliação da produção de petróleo no pré-sal. — Mesmo com a crise, optamos por continuar os investimentos e executar as obras de preparação dos terrenos para receber novas empresas. Sempre acreditamos na retomada do setor com o desenvolvimento do pré-sal — disse. 

A expansão total da área está prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2019. No momento, cerca de um terço da obra já foi concluída. De acordo com o executivo, quatro novas empresas já se instalaram. Dias afirma ainda que, apesar da crise dos últimos anos, nenhuma empresa chegou a sair do parque industrial. — São grandes empresas, que continuam com contratos em andamento. Houve redução do volume de contratos, demissões e há capacidade ociosa em algumas instalações, porém, as empresas continuam operando na expectativa de retomada do setor, que começa a dar os primeiros sinais.

Leilão e royalties

O petróleo e o gás natural poderão ser uma importante alavanca para ajudar o país, especialmente o Estado do Rio de Janeiro, a sair da profunda crise financeira em que se encontra. Os dez leilões de petróleo marcados para o período de 2017 a 2019 devem render US$ 30 bilhões em investimentos para o Estado do Rio. O cálculo é da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e considera o aporte necessário para desenvolver os campos localizados no litoral do estado ao longo do contrato, de 35 anos. 

Com a expectativa de que sejam descobertas, só nos blocos do Rio, reservas de, no mínimo, 4 bilhões de barris de petróleo, a ANP prevê ainda que o estado deve receber cerca de US$ 8 bilhões em royalties nas três décadas e meia. Além disso, são estimados outros US$ 400 milhões para o estado, no mesmo período, em participações especiais (compensação financeira que incide sobre campos de elevada produção). O pico dos investimentos esperados nos campos está previsto para 2025. Hoje, a maior dívida do Estado do Rio é com a União, de R$ 5 bilhões por ano, valor que vem tentando renegociar.


JTV

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