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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Empresários e policial envolvidos em tortura no Farol são condenados

(Fotos: Silvana Rust
Montagem Tiago Ferreira)
O empresário Ralph Gomes, o amigo dele, Adriano Piedade, e o PM, Marcos Antônio Pessanha da Silva Júnior, foram condenados pela justiça

O crime de tortura praticado contra três adolescentes na praia do Farol de São Thomé, em Campos, ganhou um desfecho. Os acusados, o empresário Ralph Gomes de Azevedo, o amigo dele, Adriano Piedade, e o policial militar, Marcos Antônio Pessanha da Silva Júnior, foram condenados pela justiça no fim de março.

Pela sentença, Ralph terá que cumprir pena de cinco anos e cinco meses; Adriano e o PM Marcos Antonio foram condenados a quatro anos e oito meses de prisão, todos em regime fechado.

 O juiz Glaucenir Oliveira, da 3ª Vara Criminal de Campos cassou, ainda, a função pública do policial militar. Na determinação ele diz: “Visto que praticou o crime grave e considerado hediondo com evidente abuso do poder e violação do dever funcional para com a Administração Pública demonstrando não ter condições pessoais para, no exercício de poder de polícia, prestar segurança ao cidadão, honrando a função policial que lhe foi concedida pelo Estado Administração”.

Para o juiz, Ralph foi quem comandou a ação de tortura contra as vítimas. “Devo frisar que os réus demonstraram personalidade agressiva e violenta e atitudes bastante audaciosas, sendo certo ainda que durante todo o tempo da ação delituosa fazia-se menção ao intento de assassinar as vítimas, o que considero que não ocorreu porque Ralph recebeu ligação telefônica informando aos réus que ‘havia sujado’, o que dissuadiu os réus de prosseguirem com seu intento mais grave. Assevero que as vítimas afirmaram categoricamente na primeira audiência que têm medo dos réus e que não compareceriam à audiência de livre e espontânea vontade em razão de temerem por suas vidas”, afirmou o juiz na sentença.

Apesar da decisão, os três condenados ainda podem recorrer.

O crime aconteceu na tarde de 26 de junho de 2013. Segundo o processo, Ralph, Adriano e o policial torturaram dois adolescentes de 17 anos e um jovem de 18, diante da suspeita de que as vítimas haviam furtado fios e bombas d'água de uma creche em construção na praia do Farol de São Thomé, no mês anterior à tortura.

As vítimas foram retiradas de casa, em Farol - onde jogavam vídeo game - e foram levadas à localidade de Gaivotas, na praia. No caminho, elas foram torturadas com coronhadas e outras agressões. A autoria do furto não foi confirmada.









Jornal Terceira Via

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