Renegociar dívidas e recuperar o crédito - Portal do Farol | O Portal de Notícias do Farol de São Thomé

Notícias

domingo, 1 de setembro de 2013

Renegociar dívidas e recuperar o crédito

Fotos: Rodrigo Silveira
Final de ano se aproximando é sinônimo de datas promocionais que costumam estimular o consumo no comércio, como o Dia da Criança, em 12 de outubro, e o Natal, em 25 de dezembro. 

No entanto, para os consumidores que por alguma eventualidade tiveram contratempos por não terem quitado dívidas anteriores, significa dor de cabeça na hora de adquirir algum produto.

Isso porque fica praticamente sem nenhuma opção de comprar a prazo, devido ao nome incluído no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, que conta com 1.600 estabelecimentos associados. Pensando nesse público especificamente, a entidade lança, em cerca de 15 dias, uma campanha que já se tornou tradicional neste período do ano para estimular os consumidores incluídos no cadastro do SPC a renegociarem suas dívidas. A iniciativa tem sido tão bem-sucedida que, de 1º de janeiro ao final de julho deste ano, 38% das dívidas em atraso foram quitadas por quem procurou as lojas de origem para resolver o problema.


Segundo o presidente da CDL-Campos, Roberto Escudine, essas negociações que são feitas diretamente entre comerciantes e clientes têm surtido resultados bastante satisfatórios, na medida em que a resolução do problema se mostra positiva para ambos os lados. “É bom para o consumidor, que volta a ter seu nome limpo na praça e, portanto, apto a comprar a prazo novamente, e para o lojista, que recupera seu cliente”, ressalta ele, que orienta os consumidores a procurarem o SPC diretamente sempre que encontrarem qualquer problema na hora de efetuar uma compra a prazo no comércio de Campos.

O procedimento de quem está incluído no cadastro do SPC e quer recuperar seu crédito é simples: ao constatar algum problema na hora de fazer uma compra a prazo, o consumidor deve se dirigir ao balcão do serviço, que fica no mesmo prédio da CDL, localizado na avenida Sete de Setembro, 274, centro de Campos, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira e de 8h às 12h aos sábados, munido da Carteira de Identidade, solicitando um nada consta, que é emitido gratuitamente com todos os dados relacionados à transação que apresentou o problema. Através de um relatório emitido pelo SPC, ele é informado sobre todos os detalhes, o que permite verificar se a compra corresponde ao que efetuou na loja indicada.

De acordo com Roberto Escudine, o procedimento é rápido e permite que a renegociação seja estimulada. Uma vez feita a renegociação entre lojista e consumidor, a loja tem até 48 horas para comunicar ao SPC que o procedimento foi consolidado. No entanto, ele alerta que, caso haja descumprimento do mesmo consumidor ao que foi acordado, o lojista automaticamente volta a comunicar o endividamento para reinclusão no cadastro. “O ideal é que eles renegociem as dívidas e voltem a ter o nome limpo na praça”, orienta o presidente da CDL.

 Pesada carga tributária é preocupação

A pesada carga tributária imposta às empresas, e ao comércio em especial, também é outra preocupação da CDL-Campos. A mais recente é a substituição tributária adotada pelo governo federal que, segundo Roberto Escudine, está onerando ainda mais as empresas, porque, na prática, significa mais peso no orçamento.

De acordo com o presidente da entidade, ao adotar esse novo procedimento, o governo, na realidade, está estimando a margem de lucro das empresas, cobrando imposto já na compra dos produtos na origem. Sendo assim, o que ocorre é que quando os comerciantes vendem suas mercadorias, por exemplo, têm que descontar novamente um percentual de imposto, que, na realidade, já tinha sido cobrado quando fizeram a compra para seus estoques.

— O comerciante paga imposto antes de vender o produto — diz ele, lembrando que nem sempre, no comércio, se consegue vender todos os produtos. “A substituição tributária provocou um aumento de 17% a 18% sobre o imposto que o setor paga pelos produtos que compra”, critica o presidente da CDL, que considera que já está na hora de o governo rever a carga tributária. “Ela onera as empresas, que acabam repassando para o consumidor”.








Folha da Manhã on line

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe-nos Sua Mensagem! Seja Sempre Bem Vindo(a)!